Evolvabilidade e Limitações Evolutivas do Dimorfismo Sexual em Primatas Simiiformes

• Processo: 25/08113-6
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Genética - Genética Quantitativa
• Pesquisador responsável: Gabriel Henrique Marroig Zambonato
• Beneficiário: Lucas Arantes Camacho
• Supervisor: Thomas Fredrik Hansen
• Instituição Sede: Instituto de Biociências (IB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Instituição Anfitriã: University of Oslo (UiO), Noruega
• Vinculado à bolsa: 22/08168-7 - Modularidade e diversificação morfológica e sua relação com dieta e sistemas de acasalamento nos macacos do velho mundo (Primates, Catarrhini), BP.DR
• Assunto(s): Evolução morfológica
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Evolvability | Modularity | Morphological Evolution | primates | sexual dimorphism | Evolutionary Quantitative Genetics

Resumo

A variação é a base da evolução por seleção natural, pois permite a sobrevivência diferencial e, quando é herdável, possibilita a mudança evolutiva. A variação fenotípica (P) é a soma, e eventualmente a interação, dos efeitos genéticos (G) e ambientais (E). Estudar G fornece uma compreensão mais profunda das bases genéticas dos traços e de como as correlações genéticas, impulsionadas por funções ou processos de desenvolvimento compartilhados, podem influenciar a evolução fenotípica. Essas correlações, ou integração de traços, podem tanto restringir quanto facilitar a evolução, dependendo de seu alinhamento com o pico adaptativo. A quantidade de variação genética disponível em uma determinada direção é uma medida crucial da capacidade evolutiva de uma população, uma propriedade conhecida como evolvabilidade. A evolvabilidade é, portanto, um conceito central na genética quantitativa evolutiva e desempenha um papel fundamental na determinação da resposta evolutiva à seleção. Este projeto foca em como a integração afeta a evolvabilidade no contexto do dimorfismo sexual entre primatas. Esses primatas exibem uma ampla variedade de dimorfismo, desde diferenças mínimas em gibões até diferenças extremas de tamanho com viés masculino em mandris e geladas. Diversos fatores têm sido propostos para explicar esses padrões, incluindo seleção sexual, dieta, tamanho corporal e filogenia. No entanto, o papel da evolvabilidade e da integração de traços na formação do dimorfismo sexual tem recebido pouca atenção. Ao examinar como a integração fenotípica reflete tanto a quantidade quanto os vieses direcionais da variação disponível, esta pesquisa busca avaliar se a própria variação influencia a evolução do dimorfismo sexual. Essa perspectiva pode oferecer novas interpretações sobre por que o dimorfismo varia tanto entre as espécies de primatas Simiiformes. (AU)