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Estão ocorrendo florestas vazias de planárias na Floresta Atlântica? Uma abordagem inicial no Sudeste do Brasil

Processo: 24/22450-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2025
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2026
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Ecologia
Pesquisador responsável:Marcos Ricardo Bornschein
Beneficiário:Alexandre de Campos Fernandes
Instituição Sede: Instituto de Biociências (IB-CLP). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus Experimental do Litoral Paulista. São Vicente , SP, Brasil
Assunto(s):Diversidade   Microclima   Sucessão ecológica
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Diversidade | Florestas vazias | Gradiente de riqueza | microclima | Planárias terrestres | Sucessão Ecológica | Ecologia de Comunidades de Planárias

Resumo

As planárias terrestres são noturnas, sensíveis às perturbações ao ambiente e suscetíveis a dessecarem por variações ambientais de temperatura e umidade, razão pela qual são utilizadas como bioindicadoras da qualidade do solo e ambiente. Pouco se sabe sobre o grupo na Floresta Atlântica, onde hipotetizamos que possam ocorrer florestas vazias desse grupo mesofaunístico em função da degradação ambiental dos remanescentes. Objetivamos avaliar essa hipótese com amostragens no sudeste do Brasil (estado de São Paulo), tanto em Floresta Ombrófila Densa Submontanta (floresta contínua), quanto em estágios de regeneração dessa vegetação. Coletaremos a serapilheira de parcelas de 0,5 m x 0,5 m. Alocaremos 20 parcelas a cada 2 m ao longo de uma transecção e alocaremos três transecções por ambiente. Amostraremos quatro ambientes (controle, floresta regenerada após corte raso e dois estágios de vegetação arbórea ainda não regenerados à condição de floresta), totalizando 12 transecções e 240 parcelas. Também caracterizaremos a vegetação arbórea e herbácea em duas parcelas de 10 m x 10 m por transecção (24 parcelas) e o microclima (temperatura e umidade) por ambiente, mediante dataloggers. Submeteremos a serapilheira à luminosidade para capturar as planárias em fuga pelo calor. As fixaremos em formalina a 10% e preservaremos em álcool 70%. Efetuaremos lâminas histológicos da região gonadal e cefálica e as coraremos com técnicas usuais para a identificação de espécies mediante análises de características como morfologia de testículos, ductos eferentes, vesícula prostática, átrio masculino, papila penial, ovários, ovoviteloductos e átrio feminino. O material será depositado no Laboratório de Ecologia e Evolução (USP-EACH). Caracterizaremos e compararemos dados abióticos e bióticos das comunidades de planárias e de vegetação mediante descritores usuais como riqueza, abundância, frequência, diversidade e similaridade/dissimilaridade, os quais serão avaliados estatisticamente por meio de Modelos Lineares Generalizados (GLMs), confrontando-os com os diferentes gradientes de regeneração. Avaliaremos as características ambientais que mais influenciam nas comunidades de planárias terrestres também por GLMs, confrontando as métricas de comunidade com parâmetros ecológicos e ambientais. A ausência de registros de espécies nas áreas sob regeneração que forem frequentes no controle indicará a situação de floresta vazia, salvo haja diferenças microclimáticas entre os locais amostrados. O presente estudo será um dos poucos do Bioma Floresta Atlântica com planárias e o primeiro com uma abordagem conservacionista. (AU)

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