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Ecos d'Os Lusíadas nas ruínas do império: antiepopeia em romances de escritoras portuguesas contemporâneas

Processo: 25/01177-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2025
Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2027
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Língua Portuguesa
Pesquisador responsável:Marcia Maria de Arruda Franco
Beneficiário:Larissa Fonseca e Silva
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:antiepopeia | autoria feminina | Os Lusíadas | pós-25 de Abril | Romance Português Contemporâneo | Literatura Portuguesa Contemporânea

Resumo

Epopeias e romances são dois gêneros literários que, cada um com suas particularidades, permitem moldar o imaginário pátrio. Quando esses tipos de obra são canonizados, o processo é mútuo: também eles são remoldados, época após época, segundo os objetivos críticos e ideológicos dos grupos que deles se apropriam a fim de defender, ou rejeitar, determinada identidade nacional. O caso mais notável, em Portugal, são Os Lusíadas, de Luís de Camões, publicados, dentro do espírito renascentista, com o objetivo de exaltar a expansão marítima portuguesa. Primeiro livro-objeto desta pesquisa, nomeada Ecos d'Os Lusíadas nas ruínas do império: antiepopeia em romances de escritoras portuguesas contemporâneas, a epopeia camoniana funcionará como horizonte de discussão de romances publicados após os anos 2000 por autoras que, além da relevância que possuem no campo literário português, e de se manterem em diálogo com o 25 de Abril e seus desdobramentos, releem Camões. Referimo-nos a Lídia Jorge, Margarida Paredes, Isabela Figueiredo, Dulce Maria Cardoso, Djaimilia Pereira de Almeida e Yara Nakahanda Monteiro. Cada uma a seu modo, elas repensam a imagem e as fronteiras de Portugal, acentuando um olhar das margens e partindo de temas considerados incômodos: colonialismo, guerra colonial, "retornados", imigração africana, racismo, liberdade das mulheres, machismo e falibilidade do sistema capitalista. Dentro de suas produções, optamos pelas obras que, em intertextos mais ou menos sutis com Os Lusíadas, apresentam fortes índices antiepopeicos. Se o épico buscou iluminar a história portuguesa, o que esses romances aqui fazem é realçar as sombras que já ali, na obra camoniana, se imiscuíam. Dessa forma, pretendemos não apenas propor uma revisitação contemporânea a Camões feita por mulheres, como também salientar a maneira com que, por meio da antiepopeia e questionando a própria ideia de nacionalidade, essa literatura propõe uma nova autognose portuguesa.

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