A AÇÃO DA BROMOCRIPTINA E SULPIRIDA NOS NEURÔNIOS PRODUTORES DE HORMÔNIO CONCENTRADOR DE MELANINA NA ÁREA PRÉ-ÓPTICA MEDIAL EM RATAS LONG-EVANS (Rattus norvegicus) LACTANTES

• Processo: 25/00659-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2025
• Data de Término da vigência: 30 de abril de 2027
• Área de conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
• Pesquisador responsável: Jackson Cioni Bittencourt
• Beneficiário: Camila de Carvalho
• Instituição Sede: Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 23/02531-5 - O sistema peptidérgico do hormônio concentrador de melanina: uma abordagem multiprotocolar para uma análise multifuncional, AP.TEM
• Assunto(s): Comportamento materno Dopamina Lactação Neuropeptídeos Prolactina Neuroendocrinologia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Comportamento materno | dopamina | Lactação | Neuropeptídeos | oxitocina | Prolactina | Neuroendocrinologia

Resumo

Este estudo tem como objetivo investigar os efeitos da administração de Bromocriptina (Bro) e Sulpirida (Sul) sobre a expressão de neurônios produtores de Hormônio Concentrador de Melanina (MCH) na Área Pré-Óptica Medial (MPOA) de ratas Long-Evans lactantes. O MCH desempenha um papel crucial na regulação de comportamentos motivados, incluindo a alimentação e o comportamento maternal, especialmente durante a lactação. A Prolactina (PRL) é fundamental nesse contexto, regulando a produção de leite e influenciando diretamente o cuidado maternal. A modulação dos níveis de PRL por meio da administração de Bromocriptina, um agonista dopaminérgico, e Sulpirida, um antagonista dos receptores dopaminérgicos D2, permite investigar como alterações hormonais afetam a expressão de MCH e a neuroplasticidade associada na MPOA. O estudo utilizará 105 ratas Long-Evans, sendo 84 fêmeas primíparas e 21 machos para acasalamento. Após o acasalamento, as fêmeas serão alojadas individualmente em ambiente controlado (22¿±¿2° C, ciclo claro-escuro de 12 horas) e divididas aleatoriamente em sete grupos experimentais: Grupo Bromocriptina (Bro), que receberá injeções subcutâneas de Bromocriptina (500¿µg em solução salina com 10% de etanol) duas vezes ao dia, do 120 ao 190 dia pós-parto (DPP); Grupo Controle de Bromocriptina (CB), que receberá injeções de solução salina com 10% de etanol, nos mesmos horários e dias que o grupo Bro; Grupo Sulpirida até DPP190 (S19), que receberá injeções intraperitoneais de Sulpirida (80¿mg/kg em solução de ácido tartárico 10¿mM diluído em solução salina 0,9%) uma vez ao dia, do DPP120 ao DPP190; Grupo Sulpirida até DPP260 (S26), similar ao grupo S19, mas a administração de Sulpirida continuará até o DPP260; Grupo Controle de Sulpirida até DPP190 (CS19), que receberá solução de ácido tartárico 10¿mM diluído em solução salina 0,9%, nos mesmos dias e horários que o grupo S19; Grupo Controle de Sulpirida até DPP260 (CS26), similar ao grupo CS19, com administração estendida até o DPP260; e Grupo Controle Negativo (CN), que não receberá nenhum tratamento farmacológico. No DPP190, amostras de sangue serão coletadas para dosagem de PRL plasmática via ELISA. Os encéfalos serão removidos após perfusão transcardíaca e a MPOA será dissecada utilizando a técnica de micro-punch para extração de RNA. A expressão gênica de MCH será avaliada por RT-qPCR, e a imuno-histoquímica será realizada para identificar e quantificar neurônios MCH positivos na MPOA. O comportamento maternal será monitorado e registrado por meio de videogravações em circuito fechado durante todo o período experimental. Espera-se que a administração de Bromocriptina resulte em redução dos níveis plasmáticos de PRL e diminuição na expressão de MCH na MPOA, enquanto a Sulpirida deve aumentar os níveis de PRL e potencialmente elevar a expressão de MCH. Estes achados contribuirão para a compreensão dos mecanismos neuroendócrinos que regulam o comportamento maternal e a neuroplasticidade durante a lactação.