Busca avançada
Ano de início
Entree

ImmunoClor: Avaliação Pré-Clínica de uma Estratégia Nanoimunoterapêutica Baseada na Inibição da MAO-A para o Tratamento do Câncer de Bexiga Não-Músculo Invasivo

Processo: 25/14699-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2025
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2026
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Morfologia - Anatomia
Pesquisador responsável:Wagner José Fávaro
Beneficiário:Matheus Mendes Costa
Instituição Sede: Instituto de Biologia (IB). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Neoplasias da bexiga   Imunoterapia   Procedimentos cirúrgicos urológicos
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Câncer de Bexiga | imunoterapia | Monoamina Oxidase | nanoparticulas inorgânicas | Cirurgia Urológica

Resumo

O câncer de bexiga não-músculo invasivo (CBNMI) representa uma neoplasia urológica de elevada incidência e morbidade, caracterizada por recorrência frequente, risco de progressão e refratariedade terapêutica em um subgrupo significativo de pacientes. A resistência observada às terapias intravesicais convencionais, como o Bacillus Calmette-Guérin (BCG), decorre em grande parte da imunossupressão imposta pelo microambiente tumoral (TME), no qual predominam mecanismos de escape imune mediados por macrófagos associados ao tumor (TAMs) do subtipo M2, expressão de checkpoints imunológicos (PD-L1, CTLA-4) e supressão da resposta linfocitária citotóxica. Neste contexto, evidências crescentes apontam a monoamina oxidase A (MAO-A) como mediadora da imunossupressão tumoral, ao promover estresse oxidativo crônico e favorecer a polarização de TAMs para o fenótipo M2. A inibição seletiva da MAO-A tem se mostrado uma estratégia promissora para restaurar a imunocompetência tumoral, modulando positivamente o TME e potencializando a resposta imune antitumoral. O presente projeto propõe avaliar, em modelo murino ortotópico de CBNMI induzido por N-etil-N-nitrosoureia (ENU), os efeitos terapêuticos do ImmunoClor, uma nanoformulação inovadora contendo um complexo inorgânico nanoestruturado (CIN-1) associado à inibição da MAO-A. A investigação está estruturada em quatro eixos metodológicos principais: (1) avaliação histopatológica da bexiga após tratamento com ImmunoClor, classificando as lesões uroteliais e sua regressão; (2) análise imunoistoquímica de biomarcadores relacionados à resposta imune efetora (CD8, CX3CR1, iNOS, IFN-¿) e imunossupressora (PD-L1, CTLA-4, FOXP3, CD163), com cálculo do escore imune tumoral (EI); (3) imunofenotipagem por citometria de fluxo de células imunes presentes no baço e linfonodos inguinais (linfócitos T, Tregs, células NK, macrófagos e células apresentadoras de antígenos), avaliando a ativação funcional e o perfil de diferenciação; e (4) comparação dos efeitos entre as vias de administração intravesical isolada e combinada (intravesical + intraperitoneal), visando identificar a via mais eficaz na modulação do TME e controle tumoral. Espera-se que o tratamento com ImmunoClor promova a reprogramação do TME, reduzindo a presença de células imunossupressoras e favorecendo a infiltração de células efetoras, com impacto positivo sobre os desfechos histopatológicos. Os achados deste estudo poderão fundamentar o desenvolvimento de estratégias terapêuticas baseadas na inibição da MAO-A para o CBNMI refratário, com potencial aplicação translacional em protocolos clínicos de nanoimunoterapia. (AU)

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre a bolsa:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)