Emissões fugitivas de metano em aterros de resíduos sólidos urbanos: Identificação e mitigação

• Processo: 25/13598-9
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de março de 2027
• Área de conhecimento: Engenharias - Engenharia Civil - Geotécnica
• Pesquisador responsável: Fernando Antônio Medeiros Marinho
• Beneficiário: Laura Cunha Rebouças Lessa
• Instituição Sede: Instituto de Geociências (IGC). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 24/01115-0 - CCD-Cidades Carbono Neutro, AP.CCD
• Assunto(s): Aterros sanitários Coberturas Metano Monitoramento Meio ambiente
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Aterro sanitário | Cobertura | Fluxo de gás | Metano | Monitoramento | Redução de emissões de carbono | Meio ambiente

Resumo

O projeto propõe uma abordagem integrada e inovadora para o monitoramento e mitigação das emissões fugitivas de metano em aterros de resíduos sólidos urbanos (ARSU), utilizando tecnologias avançadas como satélites hiperespectrais, drones com sensores especializados, câmaras de fluxo e veículos terrestres autônomos. A iniciativa busca superar as limitações dos métodos convencionais, que falham em capturar a variabilidade espacial e temporal das emissões, dificultando estratégias eficazes de controle.As metas incluem mapear áreas críticas de emissão com dados do satélite PRISMA, realizar sobrevoos com drones equipados com sensores infravermelhos e espectrais, empregar câmaras de fluxo para medições diretas no solo e desenvolver um veículo autônomo para detecção contínua em campo. Os dados coletados serão integrados em uma plataforma para análise espacial e temporal detalhada, com validação cruzada entre os diferentes métodos.A proposta apresenta grande relevância científica ao integrar as metodologias "top-down" e "bottom-up" de forma sinérgica, ampliando a precisão e representatividade das estimativas de emissão. Do ponto de vista social, contribui para a mitigação das mudanças climáticas, auxiliando no cumprimento de metas internacionais. Economicamente, viabiliza a participação de operadores de aterros de resíduos sólidos urbanos no mercado de créditos de carbono, além de reduzir custos operacionais associados à gestão do biogás.O projeto será executado em três aterros situados nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, considerando variáveis climáticas, geológicas e socioeconômicas distintas. Entre os resultados esperados, destacam-se: (i) mapeamento detalhado de hotspots de emissão, (ii) estimativas mais precisas das emissões totais de metano, (iii) avaliação da eficiência de sistemas de captação e cobertura, (iv) desenvolvimento de ferramentas operacionais de apoio à decisão e (v) contribuição para políticas públicas e regulamentações ambientais.A parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) viabilizará o desenvolvimento técnico do veículo autônomo e a calibração dos sensores utilizados. Espera-se que os produtos do projeto promovam um novo paradigma para o monitoramento de GEE em países tropicais, com potencial de replicação internacional. Além disso, os resultados serão disseminados por meio de publicações científicas, relatórios técnicos e ações junto a órgãos reguladores.