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Entre políticas públicas, práticas profissionais e saberes locais: o sofrimento e a medicalização de mulheres residentes nas periferias urbanas de São Paulo

Processo: 25/10835-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2025
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2029
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Saúde Coletiva
Pesquisador responsável:Laura Helena Silveira Guerra de Andrade
Beneficiário:Lenora de Homonnay Bruhn
Instituição Sede: Instituto de Psiquiatria Doutor Antonio Carlos Pacheco e Silva (IPq). Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP). Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Atenção primária à saúde   Cuidado   Gênero   Saúde mental   Sociologia urbana
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:atenção primária a saúde | cuidado | Gênero | Periferias Urbanas | Saúde Mental | Sociologia urbana

Resumo

Diversas pesquisas apontam para uma alta prevalência de transtornos mentais comuns entre mulheres residentes nas periferias urbanas. Em contraposição às correntes que buscam explicações em substratos neurobiológicos, correntes socioantropológicas interpretam este dado à luz de fatores históricos e estruturais. Para estas, papéis de gênero moldam formas de sofrimento psíquico e o trabalho do cuidado surge enquanto dimensão importante neste debate. No Brasil, a Reforma Psiquiátrica transformou o cuidado em saúde mental, substituindo a lógica hospitalocêntrica por um modelo comunitário. Apesar dos avanços na desospitalização, alguns argumentam que o período pós-Reforma também trouxe desafios, como a generalização da psiquiatria e do modelo medicamentoso no ambiente social, produzindo o que alguns chamaram de medicalização da vida. Mulheres residentes nas periferias são as principais usuárias de benzodiazepínicos e antidepressivos distribuídos pela Atenção Primária à Saúde (APS), destacando sua vulnerabilidade neste contexto. Este projeto pretende investigar as narrativas de mulheres cuidadoras informais em torno de suas experiências diretas ou indiretas com processos de diagnóstico e tratamento de transtorno psiquiátrico em duas unidades da APS de Sapopemba - a Unidade Básica de Saúde (UBS) Promorar e o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) III. Para tanto, utilizaremos métodos qualitativos, combinando dados coletados mediante registros de observação participante, entrevistas semiestruturadas com profissionais das unidades de saúde, entrevistas em profundidade com as usuárias e análise documental. Pretende-se contribuir para a compreensão das relações entre gênero, saúde mental e medicalização nas periferias urbanas, destacando a realidade vivida pelas mulheres cuidadoras informais e suas experiências no contexto das políticas de saúde mental da APS. (AU)

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