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Interação entre espécies invasoras e quitridiomicose em anfíbios sob mudanças climáticas: diretrizes para estratégias de conservação

Processo: 25/00823-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2025
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2028
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Zoologia - Zoologia Aplicada
Pesquisador responsável:Cinthia Aguirre Brasileiro
Beneficiário:Luisa de Pontes Ribeiro
Instituição Sede: Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas (ICAQF). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Diadema. Diadema , SP, Brasil
Assunto(s):Espécies invasoras   Mudança climática   Quitridiomicose   Termotolerância   Conservação da biodiversidade
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Conservação de anfíbios | espécies invasoras | Mudanças Climáticas | Quitridiomicose | tolerância térmica | Conservação da Biodiversidade

Resumo

A intensificação da atividade humana tem acelerado a degradação ambiental, gerando uma crise global de biodiversidade. As mudanças climáticas emergem como um dos principais impulsionadores dessa crise, afetando de maneira desproporcional grupos mais vulneráveis como os anfíbios. De forma sinérgica, múltiplos fatores ameaçam os anfíbios. A quitridiomicose, causada pelo fungo Batrachochytrium dendrobatidis (Bd), representa uma ameaça significativa para esses animais, alterando suas dinâmicas populacionais e ecofisiológicas em resposta a variações climáticas. Por sua vez, as espécies invasoras de anfíbios podem intensificar a dinâmica das doenças ao atuarem como vetores de Bd para espécies nativas. Portanto, compreender como Bd e espécies invasoras de anfíbios respondem às mudanças climáticas é crucial para prever ameaças e subsidiar estratégias de conservação. Nosso objetivo é investigar a ecologia térmica de Bd e de anfíbios invasores no Brasil, além da interação entre estas espécies com o fungo. Hipotetizamos que diferentes genótipos de Bd exibirão variações na tolerância térmica, influenciando a sua virulência e distribuição geográfica; e que espécies invasoras de anfíbios apresentarão maior resiliência à infecção por Bd devido à sua adaptação a uma faixa térmica mais ampla, facilitando a disseminação do fungo. Para testar essas hipóteses, realizaremos experimentos em condições controladas de laboratório, visando avaliar os efeitos das variações térmicas na sobrevivência e tolerância térmica de diferentes genótipos de Bd. Para avaliar a resistência e resiliência das espécies invasoras de anfíbios frente à infecção por Bd e mudanças climáticas, conduziremos experimentos para avaliar os efeitos da infecção na ecologia térmica dos anfíbios, combinando medições de temperatura selecionada, tolerância térmica, metabolismo e desempenho locomotor. Por fim, utilizando dados empíricos obtidos dos experimentos de ecologia térmica, realizaremos modelagem mecanicista para prever a distribuição das espécies e dos genótipos de Bd sob cenários climáticos futuros, e conduziremos análises espaciais e de risco para identificar áreas prioritárias para conservação de anfíbios no Brasil. Esperamos, com este projeto, oferecer uma visão abrangente e integrativa do comportamento e da fisiologia das espécies invasoras de anfíbios em um cenário de mudanças climáticas, para uma compreensão mais aprofundada sobre a interação entre estes fatores e seus impactos nos anfíbios no Brasil. Os resultados deverão orientar a implementação de políticas de conservação direcionadas e estratégias de manejo para mitigar os efeitos adversos desses fatores sobre a biodiversidade, contribuindo para a sustentabilidade dos ecossistemas em um contexto global de mudanças ambientais. (AU)

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