Função Renal em Pacientes Sobreviventes à Internação por COVID-19 moderada e grave: Potenciais Implicações da Saúde Musculoesquelética

• Processo: 25/13697-7
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2026
• Área de conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
• Pesquisador responsável: Emmanuel de Almeida Burdmann
• Beneficiário: Lorruan Alves dos Santos
• Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 22/01769-5 - Avaliação tardia dos efeitos físicos, psicológicos e cognitivos em uma coorte de pacientes sobreviventes à internação por COVID-19 em hospital universitário terciário: uma abordagem multidisciplinar, AP.TEM
• Assunto(s): COVID-19 Força muscular Função renal
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Covid | Força Muscular | Função Renal | massa muscular | Saúde musculoesquelética

Resumo

Introdução: Pacientes sobreviventes à internação por COVID-19 moderada e grave apresentam sequelas em múltiplos órgãos a longo prazo. A função renal tem se mostrado afetada e declínios são esperados, todavia, os fatores de risco são desconhecidos, bem como a progressão para a doença renal crônica (DRC). A saúde musculoesquelética, particularmente a força muscular, tem sido aventada como potencial preditora de surgimento de DRC ou progressão de doença renal a longo prazo em pacientes com DRC sem COVID-19 e é muito acometida na infecção pelo COVID-19. Objetivos: Investigar a associação da saúde musculoesquelética com o surgimento e/ou progressão de DRC em pacientes sobreviventes à internação por COVID-19 moderada e grave. Comparar a avaliação de filtração glomerular por cistatina c e creatinina nestes pacientes. Métodos: Estudo de coorte prospectivo com adultos (e 18 anos) internados com diagnóstico de COVID-19 no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no período de março a agosto de 2020 e que sobreviveram à internação por mais de seis meses. Todos os indivíduos elegíveis (1.957) foram convidados a participar e 749 aceitaram. Os incluídos foram submetidos a uma série de avaliações multidisciplinares em seis a nove, 12 a 15 e 24 a 27 meses após a alta. A função renal será estimada por meio da taxa de filtração glomerular de acordo com a fórmula CKD-EPI sem raça. A DRC será definida de acordo com a diretriz KDIGO: TFGe <60 ml/min/1,37m2 e/ou albuminúria (AER e30 mg/24 hours; ACR e30 mg/g [e3 mg/mmol]) que se mantenha nestes parâmetros entre as avaliações de acompanhamento (>3 meses). A saúde musculoesquelética foi avaliada por meio dos testes de força de preensão manual, sentar-se e levantar da cadeira em um minuto, velocidade usual de caminhada de 10 metros e circunferências de braço e panturrilha. Citocinas associadas à marcadores inflamatórios e miogênicos da massa musculoesquelética (miocinas) serão dosadas. Análises de regressão linear e de Cox verificarão as possíveis associações entre a saúde musculoesquelética e o surgimento e/ou progressão de DRC. Resultados esperados: Espera-se identificar que a saúde musculoesquelética está associada com o surgimento e/ou progressão de DRC em sobreviventes à internação por COVID-19 moderada e grave. Implicações terapêuticas: Caso os resultados esperados sejam confirmados, intervenções com exercício físico e nutrição serão delineadas para potencialmente induzir melhorias na saúde musculoesquelética dos sobreviventes à internação por COVID-19 e, assim, mitigar os impactos na função renal a longo prazo. (AU)