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Argumentos em território selvagem: Uma abordagem jornalística da Teoria da Argumentação para usuários e observadores das redes sociais

Processo: 25/04809-6
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Jornalismo Científico
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2025
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2026
Área de conhecimento:Interdisciplinar
Pesquisador responsável:José Álvaro Moisés
Beneficiário:André Bazzoni Bueno
Instituição Sede: Instituto de Estudos Avançados (IEA). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Grupo de Usuários Wikimedia no Brasil, Brasil  
Assunto(s):Discurso político
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Debate Público | Discurso Político | plataformas sociais | Polarização afetiva | qualidade da democracia | Teoria da Argumentação | Filosofia, Lógica, Ciência Política, Jornalismo Científico

Resumo

Este projeto de pesquisa jornalística aborda os impactos negativos da polarização afetiva e da desinformação, especialmente no contexto das redes sociais brasileiras. Identifica-se, como ponto de partida, uma questão social crítica: o uso crescente das plataformas digitais para disseminar pseudo-argumentos e raciocínios falaciosos. Ao dificultar o debate público construtivo, esse fenômeno representa uma séria ameaça à coesão social e aos processos democráticos. Com o objetivo de enfrentar essa questão, o projeto propõe utilizar os princípios e métodos da teoria da argumentação como meio de capacitação dos cidadãos no processo de avaliação crítica dos argumentos encontrados nas plataformas digitais. Para fazer frente ao problema, o projeto propõe uma abordagem dupla: informar o público em geral, através de atividades de divulgação científica, sobre os princípios da teoria da argumentação; e criar uma plataforma interativa para a análise de peças argumentativas extraídas das plataformas digitais. A primeira parte do projeto envolve a produção de materiais jornalísticos acessíveis que expliquem os fundamentos da teoria da argumentação. Esses materiais serão adaptados para um público geral, utilizando uma linguagem clara, exemplos práticos e diagramas para ilustrar como construir e avaliar argumentos de forma eficaz. Por exemplo, os materiais destacarão falácias argumentativas frequentemente encontradas, como os ataques ad hominem, em que um determinado argumento é desacreditado através de ataques pessoais a indivíduos que o defendem, mesmo que esses atributos pessoais sejam irrelevantes para a validade do argumento. O projeto parte da convicção de que reconhecer e evitar essas falácias pode melhorar substancialmente a qualidade do discurso online e promover uma esfera pública mais construtiva e tolerante. A segunda parte do projeto envolve o desenvolvimento de um canal digital interativo onde os usuários possam exercitar e aperfeiçoar suas capacidades argumentativas, por meio de exemplos reais extraídos de plataformas digitais. Ao engajar-se com a argumentação de maneira prática e fundamentada, os usuários desenvolverão uma compreensão intuitiva mais informada e qualificada do que constitui um argumento sólido, e estarão, assim, melhor preparados para identificar e desafiar raciocínios falaciosos. O projeto reconhece os desafios específicos associados à análise de argumentos nas redes sociais, incluindo a natureza informal da comunicação online, as convenções específicas de cada plataforma e o uso de elementos estilísticos que se desviam da argumentação escrita formal. Nesse sentido, algumas pesquisas que abordam o problema serão convocadas com o objetivo de elaborar critérios de avaliação especificamente direcionados a esses tipos de argumento, considerando tanto o conteúdo quanto o contexto em que são apresentados. Em resumo, ao combinar elementos teóricos em abordagem jornalística com exemplos concretos de análise e avaliação argumentativa extraídos do debate público, sobretudo das plataformas digitais, este projeto pretende promover a formação de um público mais informado e crítico. Ao fazê-lo, aspira a contribuir para a revitalização do diálogo democrático e a promoção de uma sociedade mais tolerante. (AU)

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