Reciprocidade e tolerância à desigualdade: um estudo com nipo-brasileiros

• Processo: 25/07659-5
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2028
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Psicologia - Psicologia Experimental
• Pesquisador responsável: Marcelo Frota Lobato Benvenuti
• Beneficiário: Celina Yoshie Tanaka
• Instituição Sede: Instituto de Psicologia (IP). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Análise do comportamento Nipo-brasileiros Raça
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Amarelos | Análise do Comportamento | aversão à desigualdade | Nipo-brasileiros | raça | Análise do Comportamento

Resumo

A aversão à desigualdade é um fenômeno que possui uma relação com um senso de justiça em meio a situações de desigualdade distributiva. Podemos relacionar esse fenômeno à noção de racismo estrutural, pois o cerne desse problema social se encontra em como são feitas as distribuições de renda e manutenção das desigualdades entre grupos raciais, avaliadas como justas ou injustas. A presente investigação objetiva avaliar a relação entre racismo contra nipo-brasileiros e tolerância à desigualdade desvantajosa, bem como a possibilidade de alteração da tolerância à desigualdade pela construção de relações de reciprocidade. Para isso, propõe-se a realização de dois estudos: o primeiro com grupos de crianças brancas e nipo-brasileiras, residentes no Brasil; o segundo com grupos de adultos japoneses nativos e nipo-brasileiros, residentes no Japão. Para ambos estudos, utilizaremos uma tarefa em dupla que permite ao participante acessar uma matriz de distribuição de pontos e escolher entre um cartão azul ou verde. A depender das combinações de cores, o resultado é uma distribuição de pontos equitativa ou desigual com vantagem para um dos participantes. Em diferentes condições experimentais, haverá a alternância de qual dos participantes estará em vantagem com a distribuição desigual. Avaliaremos se haverá ou não a construção de reciprocidade ao longo das condições e se isso torna os participantes mais tolerantes à desigualdade desvantajosa, no sentido de valorização do ganho do outro em função de uma história de cooperação. (AU)