Efeito dos nanoplásticos na capacidade de migração e invasão de células de câncer do ovário: uma abordagem em modelos in vitro 2D e 3D.

• Processo: 25/15214-3
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2025
• Data de Término da vigência: 05 de fevereiro de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Biologia Geral
• Pesquisador responsável: Flávia Karina Delella
• Beneficiário: Geovanna Carla Amaro da Silva
• Supervisor: Joana Pinto de Figueiredo
• Instituição Sede: Instituto de Biociências (IBB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Botucatu. Botucatu , SP, Brasil
• Instituição Anfitriã: Universidade do Porto (UP), Portugal
• Vinculado à bolsa: 24/04120-5 - Influência de nanoplásticos na resposta de células tumorais ovarianas ao tratamento quimioterápico, BP.MS
• Assunto(s): Neoplasias ovarianas Invasão Migração Plasticidade celular Biologia celular
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Câncer de ovário | invasão | migração | Plasticidade Celular | Resistência Quimioterápica | Biologia Celular

Resumo

Os plásticos de poliestireno tornaram-se parte integral da vida humana e a sua acumulação representa um enorme problema ambiental. A fragmentação desse material a partir da exposição à radiação ultravioleta, processos intempéricos, mecânicos naturais e até mesmo a degradação biológica, resulta em partículas plásticas de todos os tamanhos, desde microplásticos (MPs, 0,1 ¿m-5 mm) a nanoplásticos (NPs, <0,1 ¿m). Devido ao tamanho reduzido, os NPs são mais suscetíveis a atravessar as membranas biológicas, podendo alcançar diferentes órgãos e levar a consequências mais severas que os MPs. Estudos recentes comprovam a influência desses materiais em processos inflamatórios, estresse oxidativo e no aumento da sobrevivência das células, sugerindo que possam desempenhar um papel na carcinogênese. De fato, foi demonstrado que a exposição a NPs promove a resistência quimioterápica no câncer do ovário (CO), modulando vias de sinalização, como a de Toll-like receptors (TLRs) e JAK/STAT. Neste contexto, a resistência aos quimioterápicos convencionais como a carboplatina (CB) é um desafio significativo e a recidiva da doença está associada à invasão e à formação de metástases. Contudo, o impacto dos NPs na capacidade migratória e invasiva das células não foi desvendado. A nossa hipótese é que a exposição a NPs altera a organização do citoesqueleto e a adesão à matriz extracelular, favorecendo a plasticidade e o comportamento invasivo das células. Neste projeto, nós propomos avaliar o efeito destas partículas na extrusão de células, na sua interação com a matrix extracelular e consequentes propriedades invasivas, e na morfologia celular durante a migração. Para isto, iremos explorar ensaios funcionais de extrusão em colágeno, sistemas transwell e dispositivos demicrocanais 3D. Os resultados deste projeto irão aprofundar a compreensão dos mecanismos que regulam a disseminação do câncer de ovário e abrir novas perspetivas para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas inovadoras. (AU)