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Glicocálice endotelial em glândulas salivares: da morfogênese a menopausa

Processo: 25/15595-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2025
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2026
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Odontologia
Pesquisador responsável:Silvia Vanessa Lourenço
Beneficiário:Letícia Ferrari Cossaros
Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:22/12807-5 - Xerostomia na pré e pós menopausa e sua interface com a saúde bucal da mulher: investigação da bancada ao leito, AP.TEM
Assunto(s):Glândulas salivares   Menopausa
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Glândulas Salivares | glicocálice | Menopausa | Glândulas Salivares

Resumo

A formação e o funcionamento das glândulas salivares humanas dependem de eventos morfogenéticos coordenados e da interação dinâmica entre epitélio, mesênquima e microambiente vascular. A produção de saliva é um processo complexo, iniciado nos ácinos por meio de vias transcelulares e paracelulares, modulando-se posteriormente nos ductos sob influência de sinais neuroendócrinos, parácrinos e autócrinos. Um componente essencial para esse processo é a microvasculatura; nesse contexto, destaca-se o glicocálice endotelial (GE), uma estrutura composta por proteoglicanos, glicosaminoglicanos e glicoproteínas, que recobre a superfície luminal dos vasos e regula a permeabilidade vascular, a sinalização mecânica, a inflamação, o estresse oxidativo e a adesão celular. A integridade do GE parece ser fundamental para o equilíbrio funcional das glândulas salivares, especialmente pela sua função na manutenção da homeostase endotelial necessária para a secreção salivar. Estudos indicam que, durante o envelhecimento, o GE sofre alterações degenerativas associadas à redução da expressão de componentes como o glipican-1 e à diminuição da disponibilidade de óxido nítrico. Além disso, evidências crescentes sugerem que os hormônios sexuais femininos, especialmente o estrogênio e a progesterona, modulam a composição e função do GE, com impacto potencial sobre a função glandular. Durante a menopausa, a queda nos níveis hormonais pode contribuir para a disfunção salivar, favorecendo o desenvolvimento de xerostomia. Essa condição pode ser agravada por comorbidades frequentes nesse período, como diabetes, síndrome de Sjögren e artrite reumatoide. Embora estudos demonstrem benefícios da terapia hormonal sobre os sintomas de boca seca, os mecanismos subjacentes, incluindo a interação entre canais de membrana como aquaporinas e o GE, ainda não estão plenamente compreendidos. Neste contexto, investigar o papel do glicocálice endotelial ao longo da vida, da embriogênese à senescência, pode contribuir significativamente para a compreensão da fisiopatologia salivar associada às alterações hormonais. (AU)

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