Compreendendo a coexistência de primatas em um refúgio climático chave: integrando abordagens tradicionais e tecnologias emergentes

• Processo: 25/06533-8
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2028
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Ecologia - Ecologia Aplicada
• Pesquisador responsável: Laurence Marianne Vincianne Culot
• Beneficiário: Olivier Jean François Colin Kaisin
• Instituição Sede: Instituto de Biociências (IB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Rio Claro , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 21/06668-0 - Resiliência de primatas em uma paisagem antropizada, AP.BTA.JP2
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Arboreal camera trapping | bioacoustics | community ecology | Niche-partitioning | Passive acoustic monitoring | Wildlife monitoring | Primate community ecology

Resumo

Entender a coexistência e as interações das espécies dentro dos ecossistemas é uma questão fundamental em ecologia. As florestas tropicais, que abrigam dois terços da biodiversidade terrestre, oferecem um cenário ideal para estudar a ecologia das comunidades. Dentro desses ecossistemas, os primatas desempenham um papel essencial na manutenção do equilíbrio e da resiliência dos habitats, além de servirem como modelos ecológicos fundamentais. No entanto, a perda de habitat tem levado a um declínio global das populações de primatas. Além disso, com o o contínuo aumento das temperaturas globais, esses animais enfrentarão episódios de aquecimento extremo, resultando em mudanças na fenologia, na adequação dos habitats e na composição de suas comunidades. Assim, esse projeto de pesquisa investiga a segregação de nichos ecológicos entre quatro primatas simpátricos no Parque Estadual Carlos Botelho (São Paulo, Brasil), um refúgio climático crítico. O parque abriga uma comunidade única de primatas: o muriqui-do-sul, o macaco-prego-do-sul, o bugio-ruivo e uma população recentemente descoberta de mico-leão-preto. Para estudar a coexistência dessas espécies ameaçadas, este projeto combina métodos tradicionais e tecnologias emergentes. Primeiramente, analisaremos o grau de sobreposição dos nichos espaciais por meio de dados comportamentais e de monitoramento acústico passivo. Em seguida, utilizaremos dados comportamentais e armadilhas fotográficas arbóreas para entender a partição dos nichos alimentares e a escolha dos locais de dormida. Ao integrar bioacústica e armadilhas fotográficas, também buscamos desenvolver métodos inovadores, eficazes e de baixo custo para o estudo das comunidades de primatas em ambiente natural. Esta pesquisa contribuirá para uma melhor compreensão da ecologia dos primatas e para o desenvolvimento de estratégias de conservação dessas espécies ameaçadas.