Efeito terapêutico da tanshinona sódio sulfonato na regeneração periodontal: estudo experimental em camundongos

• Processo: 25/21323-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2025
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2026
• Área de conhecimento: Ciências da Saúde - Odontologia - Periodontia
• Pesquisador responsável: Rafael Scaf de Molon
• Beneficiário: Gabriele Vanzela Monteiro
• Instituição Sede: Faculdade de Odontologia (FOA). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Araçatuba. Araçatuba , SP, Brasil
• Assunto(s): Osso alveolar Osteoclastos Etiologia Periodontite Regeneração
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: osso alveolar | osteoclasto | patogênese | Periodontite | regeneração | Periodontia

Resumo

As tanshinonas são uma classe de quinonas diterpenoides lipofílicas extraídas da Salvia miltiorrhiza (Dan shen) e amplamente reconhecidas por seu espectro diversificado de atividades biológicas, incluindo efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes, antimicrobianos, anti-tumorais e anti-reabsortivos. Entre esses compostos, a tanshinona IIA (T-IIA) e, especialmente, a tanshinona sulfonato de sódio (STS) têm despertado crescente interesse devido ao seu potencial terapêutico em doenças osteolíticas, como osteoporose, artrite reumatoide e periodontite. Estudos recentes demonstram que as tanshinonas não apenas inibem a diferenciação e a atividade dos osteoclastos, suprimindo a produção de citocinas inflamatórias e modulando vias de sinalização críticas (NF-¿B, MAPK, PI3K/Akt e RANKL/RANK/OPG), mas também promovem ativamente a osteogênese. Esse efeito osteogênico é evidenciado pelo estímulo à diferenciação e mineralização dos osteoblastos, com aumento da expressão de marcadores-chave, como Runx2, ALP e OCN, favorecendo a regeneração óssea em condições de perda tecidual. A periodontite (DP), uma doença inflamatória crônica de alta prevalência, resulta de interações complexas entre o biofilme bacteriano disbiótico e a resposta imunológica do hospedeiro, culminando na destruição dos tecidos de suporte dentário, incluindo o ligamento periodontal, o cemento e o osso alveolar. Diante disso, estratégias capazes de conter a reabsorção óssea e, simultaneamente, estimular a formação de novo tecido mineralizado são altamente desejáveis. Neste contexto, o presente estudo tem como objetivo investigar o efeito terapêutico da STS sobre a regeneração óssea alveolar e a modulação da inflamação em um modelo experimental de periodontite induzida por ligadura em camundongos. Serão utilizados 50 camundongos C57BL6/J com 8 semanas de idade e com peso médio de 18-20g. Para avaliar os efeitos terapêuticos da STS, duas dosagens do composto (1mg/kg e 5mg/kg - 5ul) ou do veiculo (água destilada - 5ul) serão utilizadas. Oos grupos serão distribuídos aleatoriamente de acordo com a modalidade de tratamento e serão divididos randomicamente em 5 grupos experimentais: Grupo C (Controle): Sem indução de periodontite nem tratamento. Grupo P-BL (Baseline): Indução da periodontite por 14 dias; animais sacrificados ao final deste periodo para controle positivo. Grupo P: Indução da periodontite por 14 dias; após remoção das ligaduras, tratamento diário com veículo (água destilada) por 21 dias. Grupo STS1: Indução da periodontite por 14 dias; após remoção das ligaduras, tratamento diário com STS (1 mg/kg) por 21 dias. Grupo STS5: Indução da periodontite por 14 dias; após remoção das ligaduras, tratamento diário com STS (5 mg/kg) por 21 dias. Os desfechos que serão analisados incluem a avaliação do processo inflamatório no tecido conjuntivo por meio de análise histológica descritiva, estereométrica, histométrica e avaliação da inibição da perda óssea alveolar por microtomografia computadorizada. (AU)