Novas formas de apropriação midiática na sociedade do espetáculo: os casos Next Five Minutes e o Mídia Tática Brasil

• Processo: 04/13726-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2005
• Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2006
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Sociologia - Outras Sociologias Específicas
• Pesquisador responsável: Fátima Aparecida Cabral
• Beneficiário: Karina Cristina Sena Gomes
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Marília. Marília , SP, Brasil
• Assunto(s): Cultura (sociologia) Mídia alternativa
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Apropriacao | Artivismo | Cultura | Intervencao | Midia | Tatica

Resumo

Na era da massificação da informação decorrente de um contraditório processo histórico modernizante, grupos de artivistas ou midiativistas se apropriam de algumas das formas de comunicação capitalista na tentativa de realmente democratizar a informação e sua produção. Estamos falando, em particular, dos grupos, ou coletivos, que compuseram e organizaram os encontros: Mídia Tática Brasil e Next Five Minutes. Esses grupos, se vistos apenas por suas características aparentes, poderiam também ser rotulados de fragmentários, heterogêneos, não-hierarquizados, espetaculares, como muitos afirmam serem características pós-modernas. Nada mais compreensível se percebemos que estes grupos formaram-se historicamente dentro de um processo de mercantilização de todas as esferas humanas e, além disso, utilizam-se de instrumentos tecnológicos que são frutos do desenvolvimento desse sistema social no qual estamos inseridos. Mas os objetivos destes grupos parecem vir na contramão desta lógica mercantilista, pois, de certa forma, para além da crítica às hierarquias simbólicas, acreditam na necessidade de apropriação dos meios de dominação cultural e informacional de uma elite dominante para transformar o cotidiano, ou se apropriar desses meios com o fim de criar uma nova situação, não só teoricamente, mas também pela práxis, movidos por um desejo concreto de ser ao invés de parecer, de viver; ao invés de assistir, de interferir e interagir na e através da cultura. (AU)