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A episteme (des)silenciadora da loucura

Processo: 05/04110-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de maio de 2006
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2006
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Sociologia - Sociologia do Conhecimento
Pesquisador responsável:Luís Antônio Francisco de Souza
Beneficiário:Elton Rogério Corbanezi
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Marília. Marília , SP, Brasil
Assunto(s):Modernidade
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Episteme (Des)Silenciadora | Friedrich Nietzsche | Loucura | Michel Foucault | Modernidade | Teoria e Filosofia das Ciências Humanas

Resumo

Inicia-se a discussão com o conto O Alienista [1882], analisando-o na forma com a qual há um silenciamento ou não da loucura. Durante a narrativa são nítidas as atitudes de Simão Bacamarte à redução ao silêncio, excluindo todos que considera louco. Portanto, acredita-se, primeiramente, haver o silenciamento da loucura por um discurso dito cientificista, o que o legitima e lhe dá poder. Entretanto, não é o que realmente acontece, pois, ao findar o conto, todos os "loucos" são libertos, devido à constatação de que o desequilíbrio das faculdades cerebrais enquadra-se em uma "normalidade", e o único entregue ao isolamento é o próprio Dr. Bacamarte, que encontra uma única e última verdade – sua razoabilidade torna-se patológica. Reunindo em si teoria e prática o médico-psiquiatra se definha no isolamento entregue a um fim silente. Portanto, os indícios de que a loucura seja silenciada durante a narrativa através da autoridade discursiva da medicina é negada, já que a loucura tem o poder de discursar e agir sobre si mesma. Primeiramente relacionaremos essa discussão com a obra História da Loucura [1961] que demonstra historicamente a loucura silenciada, silenciamento legitimado sobretudo com a constituição de um saber cientificista. Doravante, analisaremos como houve a "libertação" de tal silenciamento com filósofos e artistas, que, em pleno século XIX, utilizam a loucura como forma de crítica. Portanto, complementaríamos a análise com a filosofia nietzschiana que, sustentada em uma "suposta loucura" realiza a crítica a modernidade, na qual o "mundo experimenta sua culpabilidade". Isto é, a forma como Nietzsche apropria-se da loucura como um elemento cognitivo de crítica e de realização filosófica, que lhe permite filosofar a marteladas, ideia perceptível em vários fragmentos de suas obras, sobretudo em Ecce Homo [1908]. (AU)

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