Caracterização de uma amostra de trinta pacientes com blefaroespasmo primário e validação da escala de avaliação do blefaroespasmo do grupo de estudo dos transtornos do movimento da UNICAMP - SP

• Processo: 06/56825-4
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2006
• Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2007
• Área de conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
• Pesquisador responsável: Elizabeth Maria Aparecida Barasnevicius Quagliato
• Beneficiário: Diego Lima Ribeiro
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências Médicas (FCM). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): Avaliação em saúde Blefarospasmo Estudos de validação
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Avaliacao | Blefaroespasmo | Escala | Primario | Validacao

Resumo

O objetivo primário desta pesquisa é validar a Escala de Avaliação do Blefaroespasmo do ambulatório de Transtorno do Movimento, da FCM UNICAMP (anexo 1), através da sua aplicação em um grupo de 28 pacientes com blefaroespasmo primário. Os objetivos secundários são: avaliar um grupo de pacientes com Blefaroespasmo primário, seus dados clínicos, epidemiológicos e avaliar a reprodutibilidade da avaliação inter examinadores. Metodologia: avaliação clínica e aplicação da escala de avaliação de Blefaroespasmo em 28 pacientes, selecionados pelos critérios de inclusão e exclusão, por quatro médicos neurologistas do Grupo de Estudos de Transtornos do Movimento (GET-MOV) de Campinas. As avaliações foram filmadas e exibidas pelo autor da pesquisa para mais três neurologistas especializados em distúrbios de movimentos de três faculdades de medicina do estado de São Paulo. Os resultados obtidos foram avaliados de acordo com o índice de Cronbach para calcular a consistência interna da escala e pelo coeficiente de correlação intra-classe para analisar a concordância entre os examinadores. Deste modo a Escala apresentou ótima consistência no geral consistência e na sub-escala intensidade, e consistência intermediária na sub-escala gravidade. A escala apresentou ainda ótima correlação entre os examinadores no geral e sub-escala intensidade, sem diferença entre os examinadores que avaliaram os pacientes através do vídeo ao vivo. Já na sub-escala gravidade a correlação foi boa, com diferença entre os examinadores que assistiram ao vivo (ótima correlação) e os examinadores que assistiram pelo vídeo (correlação regular). Os sub-itens da escala apresentaram correlação entre examinadores variando entre bons e ótimos (com significância estatística) com exceção dos sub-itens duração e efeito dos truques cujos resultados foram ruins sem significância estatística (p>0,05). Discussão: a Escala de Avaliação do Blefaroespasmo Primário do GET-MOV da UNICAMP se mostrou segura e objetiva para ser amplamente utilizada para avaliação dos pacientes quando usada completa, e separadamente a sub-escala intensidade. A sub-escala gravidade possui pouco sub-itens o que dificultou a análise de sua consistência já que o coeficiente de Cronbach não é ideal nos casos de poucos itens. Além disso, estes itens são mais subjetivos permitindo margem para interpretações equivocadas com relação à realidade do paciente. Conclusão: a Escala de Avaliação do Blefaroespasmo Primário do GET-MOV da UNICAMP pode ser usada amplamente para avaliação em pacientes com a doença quando utilizada por completo ou separadamente a sub-escala intensidade. (AU)