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Instinto e libido: mutações do conceito de vida na obra de Merleau-Ponty

Processo: 10/07016-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2010
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2013
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
Pesquisador responsável:Marilena de Souza Chauí
Beneficiário:Silvana de Souza Ramos
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Fenomenologia (filosofia)   Libido
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:fenomenologia | instinto | libido | Merleau-Ponty | simbólico | vida | História da Filosofia Contemporânea

Resumo

Tendo como eixo de análise as mutações do conceito de vida, a pesquisa investiga o abandono progressivo da dicotomia entre instinto e libido no decorrer da filosofia de Merleau-Ponty. Primeiro, mostramos que a ordem humana, descrita n'A estrutura do comportamento e fundamentada na Fenomenologia da percepção pela exploração da consciência encarnada, aparece como uma superação dialética do comportamento vital, de modo que a existência humana - dada a indeterminação da libido e a temporalidade da percepção - ultrapassa a monotonia do instinto, ensejando a abertura ao simbólico. Segundo, discutimos como a concepção de vida - surgida nos anos 1950, ou seja, nos cursos sobre a instituição e a passividade, e desdobrada nos cursos sobre o conceito de Natureza - permite descrever o instinto segundo a noção de Stiftung. Nestes termos, a vida deixa de ser remetida à monotonia instintiva, e passa a ser compreendida segundo o modelo expressivo de temporalidade predominante nas discussões merleau-pontianas sobre a fecundidade simbólica da linguagem. Assim, já que o instinto aparece como uma Stiftung de certo modo imprevisível e fecunda, a separação entre humano e vital não pode mais ser fundada na diferença entre a monotonia do instinto e a riqueza expressiva do simbólico. Por fim, discutimos como este movimento aproxima vida e subjetividade, sugerindo problemas concernentes ao papel da libido. Pois, a partir do momento em que o simbólico se institui no seio do comportamento instintivo, como é possível assegurar a especificidade da libido humana perante a expressividade do comportamento vital? (AU)

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