O lobolo no Sul de Moçambique: mudança estrutural, políticas de gênero e pós-colonialidade

• Processo: 05/04048-1
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2006
• Data de Término da vigência: 31 de julho de 2008
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Antropologia
• Pesquisador responsável: Omar Ribeiro Thomaz
• Beneficiário: Osmundo Santos de Araujo Pinho
• Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): Sexualidade Relações raciais Gêneros (grupos sociais) Moçambique
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Genero | Lobolo | Mocambique | Pos Colonialidade | Relacoes Raciais | Sexualidade | Relações Raciais

Resumo

Neste projeto, o autor propõe investigação sobre o lobolo, compreendido como instituição plástica, central para o entendimento das articulações entre as relações de gênero, os ideais de nação e as políticas culturais coloniais e pós-coloniais no Sul de Moçambique. O lobolo, classicamente entendido como a oferta feita em compensação à família da noiva pela família do noivo, ocupa lugar de destaque na teoria antropológica do parentesco, na medida em que representa o núcleo prático da aliança entre as famílias e para a regulação da descendência. Por outro lado, foi objeto de repressão, tanto pelo governo colonial português, como pelo governo pós-colonial da FRELIMO. Atualmente, tem sido socialmente revalorizado como instituição capaz de responder, usando vocabulário “tradicional”, a anseios “modernos”, enraizados na transformação das relações de gênero. Nesse sentido, além do mais, presta-se a consideração de questões teóricas mais amplas ligadas às representações sociais sobre a reprodução social.