Jusnaturalismo e a expressão do sentimento no teatro

• Processo: 04/09796-3
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2005
• Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2007
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
• Pesquisador responsável: Luiz Roberto Monzani
• Beneficiário: Ana Maria Portich
• Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
• Assunto(s): Subjetividade Estética (filosofia) Teatro
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Ator | Estetica | Filosofia | Jusnaturalismo | Subjetividade | Teatro

Resumo

Pretendo investigar a preponderância do direito natural sobre os demais paradigmas jurídicos - entendida como reação teológica e política ao protestantismo - e em que medida tais fatores concorreram para a emergência de um teatro predominantemente sentimental. Ao passo que Lutero estabelece um vínculo direto entre Deus e as autoridades políticas, para a Contra-Reforma a esfera civil (que abrange o entretenimento) não se correlaciona com leis divinas, mas com leis naturais. A promoção do direito natural a esse patamar de destaque teve como conseqüência o estímulo a manifestações artísticas profanas: no tocante ao teatro laico que então floresceu, dá-se opção preferencial á expressão do sentimento, como indicação de pendores naturais, de modo a causar na platéia efeitos inesperados, que não reforcem a idéia de uniformidade, mais apropriada à divindade do que à humanidade. Tal institucionalização da expressividade pode interferir na datação da idéia de sujeito e, conseqüentemente, adiar o aparecimento da estética. Ao contribuir para a reflexão contemporânea sobre sujeito e subjetividade - ligada à noção de expressividade -, esta pesquisa vai além da história e se instala na própria filosofia contemporânea. (AU)