Euripedes: consciencia individual, estado e tradicao mitica.

• Processo: 00/00926-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de julho de 2000
• Data de Término da vigência: 30 de junho de 2001
• Área de conhecimento: Linguística, Letras e Artes - Artes - Teatro
• Pesquisador responsável: Suzi Frankl Sperber
• Beneficiário: Evandro Luis Salvador
• Instituição Sede: Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): Mitologia Cidadão
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Cidadao | Esquilo | Euripedes | Mitologia | Sofocles | Tragedias

Resumo

Tendo em vista a hipótese levantada por Jaeger, em sua "Paidéia", que coloca Eurípides como o criador de um tipo de arte "que se não fundamenta já na cidadania, mas na própria vida", vamos verificar, através da análise hermenêutica das obras "Os Sete contra Tebas", de Ésquilo, Antígona", de Sófocles e "As bacantes", de Eurípides, em que medida há em Eurípides uma predisposição para o novo ou se essa predisposição aparece já na "Antígona". Se para a Grécia clássica Estado e religião tinham traçados coincidentes e Ésquilo e Sófocles expressam este ideal ético em suas obras supra-citadas, n'"As Bacantes", de Eurípides, assistiremos ao triunfo do individualismo e da religião contra o Estado, libertando o indivíduo de toda a ética da lei, ou seja, enquanto que para Ésquilo e Sófocles o indivíduo deve obedecer aos ditames do Estado, sob a forma da lei, e aos preceitos divinos, sob a forma do árduo castigo, para Eurípides o indivíduo deve se guiar pelas representações lírica e dramática dos êxtases dionisíacos. Portanto, a partir das análises sistemática e hermenêutica das obras dos poetas supra-citados, poderemos precisar em que medida Eurípides está na vanguarda deste novo horizonte ético- o individualismo fundamentado na busca do prazer mediante os êxtases dionisíacos- ou se ele só pega a lança e a joga para frente. (AU)