As representações do movimento nas imagens de Riefenstahl, Oliveira e Antonioni: um estudo de sociologia e cinema

• Processo: 03/09077-4
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2004
• Data de Término da vigência: 01 de outubro de 2006
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Sociologia
• Pesquisador responsável: Laymert Garcia dos Santos
• Beneficiário: Mauro Luiz Rovai
• Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): Tecnologia Cinema
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Cinema Guerra | Imagem-Movimento | Sociologia | Tecnologia | Tempo

Resumo

Este projeto pretende investigar a relação entre imagem, cinema e guerra, arte e tecnologia, informação e entretenimento, tomando, para isso, três filmes que, desdobrados como "objetos privilegiados" de análise, possam oferecer subsídios para a compreensão de algumas conseqüências de se viver numa sociedade em que o 'universo artificial", visível, caracterizado pela imagem (Jameson, 1995), tornou-se uma das principais arenas de luta da existência contemporânea. Esses filmes são as duas partes de Olympia (1938), da cineasta Leni Riefenstahl, O deserto vermelho (1964) de Michelangelo Antonioni e Viagem ao princípio do mundo (2000) de Manoel de Oliveira. O intuito é perscrutar, no campo da análise sociológica, a maneira de filmar de Riefenstahl, cineasta afeita aos planos grandiosos e à transformação de objetos, construções e atos cotidianos em acontecimentos espetaculares, para, em seguida, contrapô-la à maneira de lidar com a linguagem cinematográfica de Antonioni e Oliveira, cineastas que apostaram na quebra das ligações sensório-motoras da imagem-movimento, comprometendo, assim, a vocação para a estetização do acontecimento, cujo ápice se dá com a diretora alemã, a predileta de Hitler. (AU)