A eficácia da casa-abrigo como estratégia de diminuição dos femicídios perpetuados por parceiros íntimos

• Processo: 04/14656-6
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de abril de 2005
• Data de Término da vigência: 31 de março de 2006
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Psicologia - Tratamento e Prevenção Psicológica
• Pesquisador responsável: Lúcia Cavalcanti de Albuquerque Williams
• Beneficiário: Leticia Rodrigues de Azevedo
• Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
• Assunto(s): Violência de gênero Violência contra a mulher Violência por parceiro íntimo Abrigo Feminicídio
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Casa-Abrigo | Femicidio | Violencia Conjugal Fatal | Violencia Contra A Mulher

Resumo

A violência contra a mulher é um fenômeno universal, que atinge as mais diversas sociedades. Pesquisas que se referem a esse tema têm colaborado para a derrubada do mito de que "em briga de marido e mulher não se mete a colher" e sinalizam que a sociedade e os poderes públicos devem assumir papéis ativos na luta contra a violência de gênero. Dados nacionais apontam que parceiros íntimos são os maiores agentes de assassinatos cometidos contra mulheres. Com o objetivo de proteger essas mulheres e disponibilizar um serviço diferenciado criaram-se delegacias especiais para mulheres - Delegacia de Defesa da Mulher - e abrigos municipais que possam receber vítimas de violência doméstica. Isto foi um grande feito no combate a esse tipo de violência, ocultado pela sociedade que evita temas "tabu". Devido à implantação recente das casas-abrigo, não existem pesquisas nacionais que apontem para a sua eficácia. Estabelece-se, portanto, uma necessidade de averiguar se as casas-abrigo estão, de fato, protegendo a vida das mulheres que correm grave risco de sofrerem femicídio. Esse estudo irá, portanto, analisar boletins de ocorrência, processos judiciais e reportagens de jornais locais no intuito de comparar as taxas de femicídios pré e pós-instalação da casa-abrigo local. Espera-se que a possibilidade de recorrer a um local seguro e sigiloso tenha motivado mulheres a procurar ajuda e, consequentemente, tenha promovido uma queda da quantidade de violência doméstica fatal. (AU)