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Interação de veneno de abelha com Lipossoma unilamelar gigante

Processo: 08/00593-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Pesquisa
Data de Início da vigência: 07 de outubro de 2008
Data de Término da vigência: 22 de outubro de 2008
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Biofísica - Biofísica Molecular
Pesquisador responsável:Maria Helena Bueno da Costa
Beneficiário:Maria Helena Bueno da Costa
Pesquisador Anfitrião: Felix M. Goni
Instituição Sede: Instituto Butantan. Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Universidad del País Vasco, Bizkaia (UPV), Espanha  
Assunto(s):Picadas de insetos   Venenos de abelha   Imunoterapia   Nanotecnologia   Lipossomos
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Lipossomas | Modificacao De Proteinas | Transporte De Drogas | Veiculacao De Proteinas | Veneno De Abelhas | Nanotecnologia.

Resumo

As picadas de artrópodes são capazes de causar injúrias, levando às reações alérgicas e transmitindo doenças sistêmicas, dentre as quais, a mais grave é a anafilaxia. O tratamento conhecido como VIT (Venom immunotherapy), caracterizado por injeções regulares de veneno, é a terapia preventiva para pessoas com alergias específicas. Entretanto a VIT pode frequentemente causar reações alérgicas colaterais sistêmicas, principalmente em pessoas com alergia ao veneno de abelha. Além disto, a VIT é um tratamento caro e de longa duração. Portanto, é de interesse geral que novas estratégias sejam produzidas para melhorar a segurança e a eficácia do tratamento. Estamos desenvolvendo um projeto sistemático (Processo FAPESP no 2005/04514-2) para se estudar os problemas básicos e/ou biotecnológicos relacionados ao desenvolvimento de uma formulação segura composta de veneno de abelha dentro de lipossomas para ser usada em VIT. Descrevemos algumas características relacionadas às interações de melitina (Mel) e também de BV (veneno de abelha total) com lipídeos, do ponto de vista da conformação do peptídeo e das proteínas. Sabe-se que, a Mel é o peptídeo tóxico mais abundante no veneno da abelha europeia (50% do peso seco total), que é o peptídeo responsável pela dor no local da picada e que tem atividade hemolítica. O desafio biotecnológico foi o de se modificar quimicamente a Mel (ou BV) de forma que se pudesse encapsulá-la em lipossomas de fosfolipídeos naturais, uma vez que estes últimos são instáveis na presença de Mel ou de BV (por causa também da fosfolipase A2). As toxicidades da melitina e do BV foram diminuídas por duas principais razões: 1. Porque a molécula de Mel (ou também o BV) perdeu sua atividade hemolítica depois da modificação química 2. a formulação lipossomal evitou o contacto direto entre o BV ou Mel e o organismo. Além disto, este veículo lipossomal tem características adjuvantes. O objetivo final do projeto ainda é o desenvolvimento de uma formulação lipossomal estável, inteligente, capaz de diminuir não só a quantidade de veneno usada como o número de injeções usadas em VIT. Naturalmente que este estudo envolve métodos físico-químicos de proteínas e lipídeos para a descrição de um sistema lipossomal como formulação estável. Agora, o objetivo desta proposta é o estudo (através do uso de microscopia confocal) da interação de Mel ou de BV modificados quimicamente com GUVs (lipossomas unilamelares gigantes) de composições lipídicas diferentes. Com os resultados, poderemos detalhar mecanisticamente o que nos levará à proposta de uma formulação final de Mel ou BV encapsulados em lipossomas de fosfolipídeos naturais. (AU)

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