Georg Tams e Rodrigues Graça: viajantes e mercadores nas intersecções entre os comércio sertanejo e Atlântico em Angola, década de 1840 e 1850

• Processo: 08/58702-2
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Pesquisa
• Data de Início da vigência: 04 de maio de 2009
• Data de Término da vigência: 08 de julho de 2009
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - História - História Moderna e Contemporânea
• Pesquisador responsável: Maria Cristina Cortez Wissenbach
• Beneficiário: Maria Cristina Cortez Wissenbach
• Pesquisador Anfitrião: José Augusto Nunes da Silva Horta
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Instituição Anfitriã: Universidade de Lisboa, Portugal
• Assunto(s): Sertanejos Escravos Literatura de viagens
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Africa Centro-Ocidental | Comercio Atlantico | Narrativas De Viagens | Seculo Xix (Primeira Metade) | Sertanejos | Trafico De Escravos

Resumo

Na 1a. metade do XIX, nos territórios africanos centro-ocidentais sob administração direta de Luanda e nas sociedades africanas a ela tributárias, assistiu-se a um intenso processo de transformação marcado tanto por medidas tendentes à abolição do tráfico, quanto por alterações nas relações euro-africano e nos negócios atlânticos. Nesta época, nas caravanas que chegavam do sertão vinham ainda escravos mas, cada vez mais, cera, marfim, goma; já na hinterlândia mais próxima ao litoral assistia-se a adesão às formas de produção caracteristicamente escravistas e atlânticas, bem como a aquisição de terras por parte de elites crioula, luso-africana e mesmo africana envolvidas no redirecionamento da economia angolana. Na 2a. metade do século XIX, buscando definir os chamados direitos históricos dos portugueses sobre esta área, os relatos de viagem e de negócios se espalharam por várias publicações e agências da administração lusa e, datados dos anos de 1840 e 1850, constituem fonte da pesquisa a ser realizada em Lisboa. De autoria de negociantes e sertanejos familiarizados com o mundo centro-africano, trazem detalhes do processo histórico, fazendo despontar figuras e cenários sociais úteis para o entendimento destas transformações numa perspectiva mais ampla. (AU)