Democracia em Rousseau e Espinosa

• Processo: 08/03793-3
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Pesquisa
• Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2008
• Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2009
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
• Pesquisador responsável: Ricardo Monteagudo
• Beneficiário: Ricardo Monteagudo
• Pesquisador Anfitrião: Catherine Larrère
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Marília. Marília , SP, Brasil
• Instituição Anfitriã: Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne, França
• Assunto(s): Democracia Liberdade política Direito público
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Democracia | Direito Natural | Direito Politico | Espinosa | Liberdade Politica | Rousseau | tica e Filosofia Política Moderna

Resumo

Pretendemos conferir a concepção de política em Rousseau e avaliar como a democracia enquanto forma de governo se constitui em sua obra e quais implicações. Duas principais fontes serão objeto de análise: a crítica do direito natural moderno no Segundo discurso e no Contrato social; e a democracia nos livros III e IV do Contrato. Outro aspecto caro ao pensamento de Rousseau é o cristianismo e, mais corretamente, o dualismo implicado pela existência de deus segundo a doutrina cristã: qual a função do Criador e das recompensas celestes à vida terrena na concepção de justiça presente na política. Em seguida, veremos como a democracia é compreendida por Espinosa a partir do direito natural e seu sentido no monismo substancial implicado na doutrina pela qual direito é poder. A fonte é o Tratado político, cuja exposição sistemática reencaminha à Ética e ao Tratado Teológico-político. Num autor, método genético, em outro, método analítico, contudo vemos em ambos a defesa da democracia, as razões apontadas convergem em alguns pontos e divergem em outros. Uma das questões que queremos abordar é em que medida a presença do dualismo em Rousseau e do monismo em Espinosa, excludentes entre si e implicados no direito natural, compromete a defesa da democracia, ou ainda, de forma ampla, qual o papel da religiosidade na formação da democracia representativa moderna. Outra questão é se a crítica ao direito natural por Rousseau atinge a concepção de democracia em Espinosa. Tentaremos estabelecer uma interlocução entre dois grandes pensadores, em seguida encontraremos elementos para uma crítica da democracia representativa liberal contemporânea, seus paradoxos e suas dificuldades. (AU)