Dialética e psicologia: ensaio sobre o livro A do De Anima de Aristóteles

• Processo: 95/00635-6
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de julho de 1995
• Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 1996
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
• Pesquisador responsável: Pablo Rubén Mariconda
• Beneficiário: Maria Cecília Leonel Gomes dos Reis
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Dialética Filosofia antiga Psicologia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Aristoteles De Anima | Critica A Plantao | Dialetica | Entelecheia | Kinesis X Energeia | Psicologia Antiga

Resumo

A questão que a pesquisa de doutorado visa particularmente subsidiar pode ser colocada deste modo: por que Aristóteles escreve um tão extenso livro A em seu tratado De Anima? Qual a natureza de sua motivação: histórica, metodológica ou retórica? Aqueles que viram neste primeiro livro um interesse meramente histórico, tenderam a excluí-lo do corpo principal do estudo daquele tratado. Mas, em nossos dias, uma forte revisão do estatuto da dialética na metodologia aristotélica tem dado lugar a uma nova abordagem de De Anima livro A, que enfatiza sua relevância metodológica. Muito tem se escrito sobre uma aparente discrepância entre o método que Aristóteles recomenda e aquele que ele efetivamente pratica em seus tratados. O método supostamente recomendado teria um tom Baconiano: coletar ta phainomena e procurar uma teoria que os explique racionalmente. Porém, o método efetivamente praticado - por exemplo, na Física - é aquele que parte não de observação empírica, mas de paradoxos lógicos. Em outras palavras, Aristóteles parece pregar empiricismo, mas praticar dialética. As questões, então, que a pesquisa indiretamente poderá subsidiar podem ser colocadas deste modo: há realmente discrepâncias entre método recomendado e método praticado? Qual é efetivamente o saldo desse gigantesco empreendimento crítico que é o De Anima, livro A? O que vemos ali é o real processo de aquisição dos assim chamados primeiros princípios da psicologia aristotélica? A pesquisa será desenvolvida em duas partes principais. A primeira é uma análise de De Anima.A e um catálogo das proposições ali (i) rejeitadas, (ii) aceitas e (iii) argumentadas nos dois sentidos. A segunda é uma comparação entre De Anima.A. e Física.A. (AU)