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Experiência literárias de si: apontamentos para uma interpretação da poética de Álvaro de Campos

Processo: 01/02334-6
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2001
Data de Término da vigência: 31 de março de 2003
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Sociologia - Outras Sociologias Específicas
Pesquisador responsável:Maria Arminda Do Nascimento Arruda
Beneficiário:Ana Lucia de Freitas Teixeira
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Modernismo   Literatura   Cultura (sociologia)
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Alvaro De Campos | Cultura | Fernando Pessoa | Literatura | Modernismo

Resumo

O tratamento dado à literatura produzida por Fernando Pessoa de uma maneira geral aborda toda a obra deste poeta conjuntamente, mesmo que a seccione e aponte diferenças guardadas entre as diversas autorias de que esta obra é composta. Na confecção deste trabalho, o intuito foi o de romper a relação de autoria entre os poemas do heterônimo Álvaro de Campos e o poeta Fernando Pessoa e me debruçar sobre a análise dos seus poemas, dando ali relevo a um certo número de confrontos, que permitiriam inferir que se trata de uma espécie de poética de embatimentos. A manifestação de um novo princípio de orientação estética, o princípio da força, exprime-se como energia subjacente que confere vigor aos confrontos e às tensões tão próprias da poesia de Álvaro de Campos. Essa nova estética será entendida como revestimento das formas de experiência empreendidas pelo poeta num movimento muito próprio de construção de si pela via da poesia, do qual ele próprio emerge, a partir dos confrontos mesmos que elabora no interior de seu texto, como poeta estrangeiro. Como construtor de sua experiência, o poeta aqui será entendido como introdutor de uma noção muito específica de experiência, empreendida no interior de sua construção literária, e por isso mesmo entendida como uma experiência literária de si. Se essa experiência se vê reinvestida esteticamente por meio da manutenção do critério da força, e se essa força é manifestada no acirramento dos confrontos produzidos ao longo de seus poemas, é de uma estética do estrangeirismo que se fala. O esforço será então o de apontar as conexões entre essas novas formas estéticas e a densidade histórica de que é investida essa nova estética fundamentada no princípio da força, salientando possíveis conexões entre os poemas analisados e ã situação semiperiférica do Portugal do período, apontando, finalmente, para a possibilidade de que seja precisamente no cenário da semiperiferia da modernidade que se encontrariam as condições propícias à emergência de duas categorias fortemente enfraquecidas nesse momento: a de sujeito, aqui entendido como um sujeito literário,, e a de experiência estetizada. (AU)

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