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O problema da coisa em si em Kant: uma aporética?

Processo: 04/11472-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de março de 2005
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2007
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
Pesquisador responsável:Maria Lucia Mello e Oliveira Cacciola
Beneficiário:Monique Hulshof
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Fenômeno (filosofia)   Razão prática   Coisa em si   Kantismo
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Coisa Em Si | Conhecimento Teorico | Fenomeno | Kant | Razao Especulativa | Razao Pratica

Resumo

Na "Analítica transcendental" da Crítica da razão pura, onde o que está em questão é a fundação da objetividade dos conhecimentos sintéticos a priori, Kant se refere à coisa em si como um conceito problemático, com o qual nunca se pode pensá-la positivamente como objeto de uma intuição não-sensível, mas apenas negativamente como algo completamente desconhecido do qual nada se pode afirmar. Mas, no "Prefácio da segunda edição", tendo em vista a passagem do uso teórico para o uso prático da razão, Kant se refere à coisa em si como causa ou fundamento do fenômeno e na Crítica da razão prática, onde o que está em questão é a legitimação da objetividade dos conceitos práticos da razão é conferida a ela realidade objetiva. De acordo com Lebrun, no artigo "a aporética da coisa em si", estas considerações conflitantes sobre a coisa em si revelam uma estrutura aporética no pensamento kantiano, pois ao mesmo tempo em que ela deve ser afirmada positivamente para o uso prático da razão, tal afirmação colocaria em risco o estabelecimento da objetividade do conhecimento teórico. Mas pretendemos mostrar, nos valendo das análises de Allison e de Rousset, que é possível uma via de interpretação que dissolva o aparente conflito entre as considerações sobre a coisa em si, na medida em que esta é entendida não como um ente ontologicamente distinto do fenômeno, mas como o mesmo objeto considerado de maneira diferente, pois, desse modo, é possível afirmá-la de maneira positiva, sem pressupor, com isso, uma intuição não-sensível. (AU)

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