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Estudo sobre a transmissibilidade do vírus da artrite encefalite caprina através do sêmen e da placenta

Texto completo
Autor(es):
Marjorie Yumi Hasegawa
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Lilian Gregory; Roberto Soares de Castro; Edison Luiz Durigon; Maria do Carmo Custodio de Souza Hunold Lara; Huber Rizzo
Orientador: Lilian Gregory
Resumo

Artrite Encefalite Caprina é uma enfermidade infecciosa, multissistêmica, causada pelo vírus da Artrite Encefalite Caprina, que pertence dentre os Lentivírus de Pequenos Ruminantes. Sobre o aspecto reprodutivo na transmissão, o objetivo do presente estudo consiste em avaliar experimentalmente a transmissibilidade do lentivírus caprino em cabras e suas crias pela placenta e sêmen. Para avaliar a influência da transmissão via placentária, foram utilizadas cinco fêmeas com CAEV inseminadas artificialmente com sêmen de bode livre de CAEV. Para avaliar a influência da transmissão pelo sêmen, foram utilizadas seis fêmeas livres de CAEV inseminadas artificialmente com sêmen de bode livre de CAEV. O CAEV-Cork foi adicionado ao sêmen fresco com a finalidade de se obter título infectante com carga viral em 105 TCID50/mL. Como grupo controle, duas cabras livres de CAEV foram inseminadas artificialmente com sêmen de mesmo bode sem o inóculo viral; e outras duas cabras com CAEV inseminadas com a carga viral. As fêmeas foram monitoradas durante a gestação até 15 dias pós-parto e as crias separadas das mães foram monitoradas até 12 meses de idade, empregando-se as técnicas de IDGA, cELISA e nested-PCR. As fêmeas com CAEV apresentaram resultados positivos em IDGA (87,10%), cELISA (88,71%) e nested-PCR (25,81%). As crias apresentaram resultados negativos em ambos os testes de IDGA e cELISA, embora na técnica de nested-PCR, 7,14% das amostras apresentaram banda positiva. Das seis fêmeas livres de CAEV, quatro (66,67%) apresentaram soroconversão com 18,46% das amostras positivas ao IDGA, 49,23% das amostras positivas ao cELISA e nenhuma para nested-PCR. Anticorpos anti-CAEV foram detectados 30 dias pós IA. Quanto às crias, 5,26% e 11,28% das amostras apresentaram resultado positivo para IDGA e nested-PCR, respectivamente. Nenhuma amostra apresentou positividade para cELISA. O grupo controle livre de CAEV tiveram resultados negativos para as três técnicas, incluindo suas crias; enquanto que as fêmeas com CAEV inseminadas com o inóculo viral apresentaram 61,90% das amostras positivas para IDGA, 100% para cELISA e nenhuma amostra para nested-PCR. Suas crias obtiveram no total somente um resultado positivo para IDGA e outro para nested- PCR. A positividade encontrada em nested-PCR nas crias pode ter um significado particular de identificar animais infectados porém soronegativos, como em situações de soroconversão tardia. Entretanto, não é possível assumir a transmissão do CAEV para crias de forma insofismável, embora não é descartada a possibilidade de infecção das crias pelo sêmen e placenta com soroconversão tardia. Contudo é possível a transmissão do CAEV por IA com sêmen infectado em fêmeas livres de CAEV. A carga viral utilizada no estudo foi capaz de infectar as fêmeas. Com relação aos testes utilizados, o cELISA detectou a soroconversão mais cedo que o IDGA. A técnica de nested-PCR falhou em detectar a infecção antes da soroconversão nas fêmeas. Este estudo proporcionou maiores informações sobre a transmissão do lentivírus caprino sob o aspecto reprodutivo, com a utilização de três diferentes métodos diagnósticos. (AU)

Processo FAPESP: 11/00773-4 - Estudo sobre a transmissibilidade do vírus da Artrite Encefalite Caprina através do sêmen e da placenta
Beneficiário:Marjorie Yumi Hasegawa
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado