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Biodiversidade e áreas de endemismo de hidroides bentônicos (Cnidaria, Hydrozoa) da costa austral da América do Sul e Antártica

Texto completo
Autor(es):
Thaís Pires Miranda
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Biociências (IBIOC/SB)
Data de defesa:
Membros da banca:
Antonio Carlos Marques; Eduardo Carlos Meduna Hajdu; André Carrara Morandini; Ricardo Pinto da Rocha; Rosana Moreira da Rocha
Orientador: Antonio Carlos Marques; Alvaro Luis Peña Cantero
Resumo

A costa austral da América do Sul (CAAS) e o oceano Austral (OA) possuem grande variedade de habitats e estão historicamente conectados desde a abertura da passagem de Drake. A fauna marinha de ambas as regiões é altamente diversa e muitas espécies possuem distribuições geográficas contraditórias, como é o caso dos hidroides bentônicos (Cnidaria, Hydrozoa). Toda essa heterogeneidade faunística atrai estudos adicionais em biogeografia, envolvendo a busca por áreas de endemismo e outros padrões de distribuição geográfica. Uma atualização do status taxonômico das espécies de hidroides bentônicos da CAAS e OA foi feito, reunindo informações sobre sua riqueza, grau de endemismo, substrato biológico e distribuição geográfica. Um total de 5.621 amostras e 359 morfoespécies de hidroides bentônicos foram levantadas para a área de estudo e checadas taxonomicamente, sendo 256 identificadas até o nível específico. Os registros de presença e ausência ao longo da área foram usados em uma análise de similaridade pelo índice de Bray-Curtis, sendo os resultados sintetizados em \"clusters\" hierárquicos e nMDS. A taxa de endemismo para ambos a CAAS e OA foi de 54%, sendo o OA responsável por 88% dos registros de espécies endêmicas. As espécies de leptotecados foram as que apresentaram maior amplitude de distribuição horizontal e vertical. A maior parte das espécies de hidroides bentônicos levantadas são substrato-generalistas. Treze assembleias ecológicas de hidroides bentônicos foram encontradas ao longo da CAAS e OA, as quais foram relacionadas com a dinâmica oceanográfica da área e comparadas com ecorregiões, realms, assembleias e áreas de endemismo previamente delimitadas para a região. As áreas de endemismo para a CAAS e OA foram hipotetizadas por meio da Análise de Endemicidade (AE) em uma otimização pelo software NDM-VNDM, com uma grade de 10° latitude X 10° longitude. Nove (F=0.5) e 10 (F=1.0) áreas consensuais de endemismo foram historicamente relacionadas com o isolamento da Antártica e comparadas com hipóteses já existentes para a CAAS e OA. Todas as áreas foram discutidas considerando-se os processos de vicariância e dispersão, e com relação ao real grau de endemicidade que elas representam. Uma PAE também foi realizada mas apenas com 61 espécies de hidroides bentônicos endêmicos da região acima de 45°S. Essa análise foi feita com o objetivo de reanalisar os dados previamente publicados por Marques & Peña Cantero (2010), inserindo um conjunto de dados complementar para a obtenção de uma melhor definição e acurácia nas áreas de endemismo delimitadas para a região. Oito áreas de endemismo foram definidas como subregiões dos padrões previamente encontrados. O uso de diferentes técnicas e conjuntos de dados biogeográficos são meios alternativos para clarear padrões gerais de áreas de endemismo e também outros padrões relacionados à comunidades ecológicas e estudos em conservação da biodiversidade (AU)

Processo FAPESP: 10/06927-0 - Biodiversidade e áreas de endemismo de hidroides bentônicos (Cnidaria, Hydrozoa) da costa austral da América do Sul e Antártica
Beneficiário:Thaís Pires Miranda
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado