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Reconstituição paleoclimática do holoceno recente com base em estalagmites da região central do Estado da Bahia

Texto completo
Autor(es):
Valdir Felipe Novello
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Geociências (IG/BT)
Data de defesa:
Membros da banca:
Ivo Karmann; Heitor Evangelista da Silva; Ilana Elazari Klein Coaracy Wainer
Orientador: Ivo Karmann
Resumo

A partir de registros de \'delta ANTPOT.18 O\' e \'ANTPOT.13 C\' e das taxas de crescimento de espeleotemas precisamente datados pelo método U-Th foi possível reconstituir a paleopluviosidade dos últimos 3 mil anos da região central do estado da Bahia. Os registros de alta resolução (\'DA ORDEM DE\' 4 anos) propiciaram caracterizar a influência dos padrões atmosféricos e da temperatura da superfície do mar (TSM) observados atualmente nos oceanos Atlântico e Pacífico na paleoprecipitação da região. Através da comparação direta entre os dados de \'delta ANTPOT. 18 O\' da estalagmite TR5 (com resolução amostral de 6 meses) com estações de monitoramento pluviométrico da região, foi possível relacionar as variações do \'delta ANTPOT. 18 O\' do espeleotema com a variação da pluviosidade mostrando que, valores mais negativos no registro isotópico são representativos de maior precipitação e vice-versa. Essa relação está de acordo com o fator \"amount effect\", que atua na variação das razões isotópicas do oxigênio da chuva na região tal como foi identificado em estudos da série histórica de monitoramento das estações IAEA-GNIP e por simulações computacionais que mostram a variação dos valores de \'delta ANTPOT. 18 O\' na atmosfera. O registro paleoclimático mostrou que uma progressiva aridificação vem ocorrendo na região central da Bahia nos últimos 3 mil anos, acompanhando o aumento da insolação de verão. Nesse intervalo de tempo, foram encontradas sequências de eventos úmidos abruptos que ocorrem periodicamente em escala centenial. Entre esses eventos, destaca-se o que ocorreu entre \'DA ORDEM DE\' 822-642 A.C. que é coincidente com intervalo de extremo frio na Europa e com o período de mínimo solar detectado na variação da irradiância. Já, durante a Anomalia Climática Medieval (ACM) e a Pequena Era do Gelo (PEG) o registro mostrou condições secas próximas a detectadas atualmente. Através de análises estatísticas realizadas nas séries temporais obtidas a partir do registro paleoclimático das estalagmites, foi detectado uma periodicidade de \'DA ORDEM DE\' 65 anos correlata com a Oscilação Multidecenal do Atlântico (OMA) em todo o registro da parte central da Bahia. Influências decorrentes da TSM do oceano Pacífico mostraram-se presentes durante eventos abruptos e períodos anômalos úmidos e secos. (AU)

Processo FAPESP: 09/12887-4 - Reconstrução paleoclimática do Holoceno através de aplicação das razões isotópicas de oxigênio e carbono em espeleotemas da Bahia e São Paulo.
Beneficiário:Valdir Felipe Novello
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado