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Parametrização e avaliação de modelos de estimativa das exigências e do desempenho de bovinos leiteiros para uso no Brasil

Texto completo
Autor(es):
Veridiana Lourenço de Souza
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Piracicaba.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALA/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Dante Pazzanese Duarte Lanna; Rodrigo de Almeida; Carla Maris Machado Bittar; Gerson Barreto Mourão; Ronaldo Braga Reis
Orientador: Dante Pazzanese Duarte Lanna
Resumo

O rebanho brasileiro de bovinos leiteiros é composto predominantemente por vacas mestiças criadas em condições tropicais. Os principais modelos usados no Brasil para a formulação e avaliação de dietas são norte-americanos e baseados nas exigências de vacas Holandesas em clima temperado. A principal contribuição do primeiro capítulo deste estudo foi o desenvolvimento e avaliação de um novo modelo para estimar a ingestão de matéria seca (IMS) de vacas mestiças. A nova equação de predição da IMS foi desenvolvida e avaliada usando um banco de dados com 161 médias de tratamentos provenientes de 38 estudos brasileiros publicados com vacas mestiças [n = 446 vacas, 16,60 ± 5,70 (DP) kg leite/dia]. O modelo proposto foi: IMS (kg/dia): [0,5552 (± 0,06636 EP) × LC4%G + 0,06332 (± 0,009455) × PV0,75] × [1 - e (- 0,7732 (± 0,7019) × (SEM - 1,629 (± 1,9313))) ]. O novo modelo apresentou maior acurácia (QMEP = 1,64, r2 = 0,88) na predição da IMS quando comparado com modelos norte-americanos. O novo modelo de predição da IMS pode ser aplicado na formulação de dietas para vacas leiteiras mestiças em condições tropicais. No capítulo 2, um estudo avaliou as novas atualizações das exigências nutricionais de bezerras leiteiras sugeridas por Van Amburgh e Drackley (2005) e inseridas em programa comercial (AMTS, Agricultural Modeling and Training Systems, AMTS.Cattle.ProTM Calf Model versão 3.5.8.0, 2015). Dados de 16 estudos brasileiros envolvendo 51 dietas para bezerros leiteiros (n = 485, peso ao desmane de 62,02 ± 10,16 kg) foram usados para avaliar os modelos do NRC (2001) e o AMTS. Nas condições do conjunto de dados do presente estudo, ambos os sistemas superestimaram o ganho calculado a partir da proteína disponível. O ganho de peso estimado pela energia disponível da dieta, foi superestimado em 19 g/dia quando calculado pelo NRC e subestimado em 68 g/dia quando calculado pelo AMTS. O ganho de peso possível a partir da energia disponível foi menor quando calculado pelo AMTS em relação ao NRC (2001). Para o conjunto de dados experimentais brasileiros, os ganhos de peso de bezerros foram 32% inferiores aos descritos na literatura para sistemas norte-americanos. As razões para esta discrepância precisam ser compreendidas, pois somente assim novos modelos poderão ser desenvolvidos e parametrizados para estimar o desempenho animal de forma mais acurada e precisa. (AU)

Processo FAPESP: 12/14948-3 - Parametrização e avaliação de um modelo de estimativa das exigências e do desempenho de bovinos de leite para uso no Brasil
Beneficiário:Veridiana Lourenço de Souza
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado