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Kant e Schiller: conflitos e diálogos entre entendimento e sensibilidade

Texto completo
Autor(es):
Paulo Borges de Santana Junior
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Marcio Suzuki; Maurício Cardoso Keinert; Ulisses Razzante Vaccari
Orientador: Marcio Suzuki
Resumo

A proposta estruturante deste trabalho é problematizar, em diferentes temas, o lugar das preocupações estéticas ou sensíveis nos textos de Kant à luz de A Educação Estética do Homem. Partindo sempre da letra de Kant, elaboramos as questões e as posturas desse autor no que diz respeito ao campo estético no modo da escrita kantiana, na formulação dos princípios morais e na promoção da tarefa moral entre os homens. O nosso objetivo é, por um lado, ressaltar a importância dessas questões e, por outro lado, mostrar a possibilidade de, sem desrespeitar os princípios kantianos, assumir posturas distintas das de Kant. Nesse empreendimento, Schiller, enquanto poeta-filósofo ou filósofo-poeta, mostra-se sobretudo na obra supracitada o autor que, de maneira destacável, compreende os princípios da razão e defende uma postura original de exercitá-los. Reconhecendo que a sensibilidade não tem muito a acrescentar na fundamentação de princípios racionais defendida pelo entendimento analítico, Schiller reserva-lhe um papel totalmente diferente no que se refere ao desafio humano de agir segundo tais princípios num mundo em que as contingências nunca se fazem ausentes (num mundo ininterruptamente pulsante). Se a compreensão exata da legislação da razão necessita atravessar o caminho escolástico ou analítico das Críticas, sendo, portanto, acessível a poucos homens, a tarefa da razão necessita se apresentar como exequível a todo e qualquer homem que a queira. Não se trata aqui de afirmar que a educação estética executa melhor essa tarefa que o projeto do esclarecimento, mas apenas que aquela educação, embora se coloque numa perspectiva plenamente humana, não representa um perigo à pureza ou incondicionalidade da razão. (AU)

Processo FAPESP: 12/03580-5 - Kant e Schiller: moral, jogo e educação.
Beneficiário:Paulo Borges de Santana Júnior
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado