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A invenção de Florianópolis como cidade turística: discursos, paisagens e relações de poder

Texto completo
Autor(es):
Maria Helena Lenzi
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Adyr Apparecida Balastreri Rodrigues; Valéria Cazetta; Leila Christina Duarte Dias; Joseli Maria Silva; Rodrigo Ramos Hospodar Felippe Valverde
Orientador: Adyr Apparecida Balastreri Rodrigues
Resumo

Tendo por objetivo investigar o processo de invenção de Florianópolis como cidade turística, analiso as relações de poder e a construção discursiva em torno do turismo na cidade, desde a década de 1970. Para as análises, dentre outros/as autores/as, estabeleço um diálogo entre as concepções teóricas e conceitos de Michel Foucault e de James Duncan. Nessa perspectiva, exploro as condições históricas de emergência e transformação das práticas, instituições e estratégias discursivas e analiso narrativas midiáticas, como jornais, revistas e publicidade, além da legislação urbana e turística. Esse conjunto de produções discursivas tramadas às relações de poder compõe a paisagem de Florianópolis e participa da invenção da cidade turística. A paisagem, nesta tese, é compreendida como um discurso, portanto mediada pelas relações de poder. Desse modo, quando vira produto turístico, a paisagem passa a ser analisada considerando escolhas, arranjos políticos e tensões entre os diferentes grupos sociais que disputam o poder pelo uso e significação do espaço. Nesta pesquisa, identifico discursos hegemônicos e contestatórios que moldaram a produção de determinadas paisagens da cidade: o empreendimento-balneário de Jurerê Internacional, como uma expressão do discurso hegemônico, e o balneário do Campeche, como expressão de contestação e resistência. Compreendo que o direcionamento simbólico-material da produção de discursos se deu a partir dos interesses de determinados/as atores/as, modelos e concepções de cidade e por meio de estratégias de legitimação de uma verdade por eles/as próprios/as enunciada, visando o controle do espaço urbano. (AU)

Processo FAPESP: 11/18559-9 - Marcas das ausências no espaço: implicações das imagens da cidade no planejamento urbano de Florianópolis.
Beneficiário:Maria Helena Lenzi
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado