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Estudo das interleucinas pró-inflamatórias (IL-2, IL-2R, IL-6, IL-6R, IL-8 e IL-12) e Anti-Inflamatórias (IL-4, IL-4R e IL-10) no carcinoma diferenciado da tiroide

Texto completo
Autor(es):
Mariana Bonjiorno Martins
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Laura Sterian Ward; Rita de Cassia Ferreira; Gláucia Maria Ferreira da Silva Mazeto; Natássia Elena Búfalo; Ligia Vera Montali da Assumpção
Orientador: Laura Sterian Ward
Resumo

Representando mais de 2% de todas as neoplasias humanas, o câncer de tiroide tem aumentado continuamente em muitas regiões do mundo nas últimas décadas. Assim, tem se buscado ativamente marcadores que permitam distinguir malignidade nos nódulos tiroidianos e que permitam delinear melhores estratégias de manejo e seguimento. Células tiroidianas neoplásicas estão associadas a um perfil molecular e imunológico de resposta que pode estar relacionado com malignidade e agressividade. O sistema imunológico dispõe de citocinas, dentre as quais se destacam inúmeras Interleucinas (ILs), que participam da indução e de fases efetoras de respostas imunes e inflamatórias. O presente trabalho teve como objetivo verificar se os genes e proteínas da IL-2, IL-2R, IL-4, IL-4R, IL-6, IL-6R, IL-8, IL-10 e IL-12 podem ser utilizados como marcadores de diagnóstico e/ou prognóstico para o Carcinoma Diferenciado de Tiroide (CDT). Foram estudados 300 pacientes com CDT, 60 pacientes com nódulos benignos e 300 indivíduos controle. Foi realizada análise genotípica dos genes das ILs por TaqMan® SNP Genotyping e a dosagem sérica por ELISA. Para os dados séricos, a IL-2 distinguiu pacientes com doença ativa dos sem doença ativa (p=0,0007) e nódulos malignos dos benignos (p<0,0001); a IL-2R diferenciou o grupo maligno do grupo controle (p<0,0001); a IL-4 foi à única que não diferenciou os grupos, mas foi maior nos pacientes que não apresentaram metástase a distância (p=0,0290) e nos que possuíam tiroidite (p=0,0005). A dosagem da IL-6 foi capaz de identificar malignidade (p=0,0053); enquanto concentrações mais elevadas de IL-6R se associaram a presença de doença ativa (p<0,0001), e metástase ao diagnóstico (p=0,0301) e ausência de cápsula (p=0,0310). As concentrações da IL-8 distinguiram os pacientes com doença ativa dos sem doença ativa (p=0,0025), nódulos malignos dos benignos (p<0,0001) e dos controles (p=0,0016). A IL-10 também se mostrou útil na identificação de malignidade (p<0,0001) e multifocalidade (p=0,0019). E, por fim, a IL-12 distinguiu os pacientes com doença ativa dos sem doença ativa (p<0,0001), assim como os nódulos malignos dos controles (p<0,0001). A distribuição genotípica dos polimorfismos estudados não se correlacionou com o risco para CDT; não diferenciou os grupos estudados e não se correlacionou com características clinico-patológicas dos pacientes. Os dados de correlação entre os snps estudados e as concentrações séricas, demonstraram que apenas os snps IL-2 rs2069762 e IL-6R rs2228145, IL-6R rs4845622 e IL-6R rs6684439 apresentaram influencia no aumento da concentração sérica das respectivas ILs. Concluímos assim que, aos dados das concentrações séricas da IL-2, IL-2R, IL-6, IL-6R, IL-8, IL-10 e IL-12 podem auxiliar no diagnóstico de malignidade e em alguns parâmetros de agressividade, mas não podem ser usadas como marcadores de seguimento para pacientes com CDT. Quanto aos genes estudados nenhuns dos polimorfismos estão envolvidos com a patogenicidade no CDT. Quanto aos polimorfismos estudados, apesar de nenhum deles estar envolvidos na patogenicidade no CDT, os polimorfismos IL-2 rs2069762, IL-6R rs2228145, IL-6R rs4845622 e IL-6R rs6684439, estão relacionados ao aumento da produção das interleucinas séricas (AU)

Processo FAPESP: 12/16830-0 - Estudo das interleucinas séricas il-2, il-4, il-4r (receptor), il-6, il-6r(receptor), il-8, il-10, il-12 (a e b) no perfil cliníco-patológico do carcinoma diferenciado da tiroide.
Beneficiário:Mariana Bonjiorno Martins
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado