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O campo térmico e a qualidade ambiental urbana em Chapecó/SC

Texto completo
Autor(es):
Eduino Rodrigues da Costa
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Presidente Prudente. 2016-01-25.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Ciências e Tecnologia. Presidente Prudente
Data de defesa:
Orientador: José Tadeu Garcia Tommaselli
Resumo

Este trabalho teve como objetivo estudar o campo térmico e a qualidade ambiental urbana de Chapecó, cidade de porte médio localizada na região do Oeste Catarinense. Para estudar o campo térmico de Chapecó ao nível do dossel urbano, foi necessário estabelecer trajetos (transectos móveis) nos quais em condições de tempo especificas de cada mês do ano de 2014, e horários (06, 15 e 21 horas) foram realizadas coletas de dados climáticos (temperatura do ar), afim de identificar e espacializar a ocorrência de fenômenos climáticos urbanos como as ilhas de calor. Para a aquisição dos dados de temperatura do ar na zona urbana de Chapecó, utilizou-se a metodologia dos transectos móveis, a qual consiste na aquisição automática e simultânea de dados climáticos ao longo de trajetos preestabelecidos dentro de determinada malha urbana. Para avaliar e mapear a qualidade ambiental da zona urbana de Chapecó/SC foi utilizado uma adaptação da metodologia desenvolvida por Nucci (1996) ao estudar a qualidade ambiental e o adensamento urbano no distrito de Santa Cecília, localizado no município de São Paulo. Como resultados destaca-se que a ilha de calor atmosférica se definiu melhor no bairro Centro (horizontalizado e verticalizado) no horário das 15 e 21 horas em todos os episódios de tempo analisados. No horário das 06 horas não foi possível notar a influência da cidade sobre o campo térmico, visto que neste horário ocorre o resfriamento radiativo associado ao balanço negativo de radiação. A ilha de calor apresentou maior magnitude na estação de inverno e em episódios de tempo sob domínio de sistemas atmosféricos polares (Massa Polar Atlântica, Massa Polar Continental). Pelo tamanho da cidade e intensidade das alterações ambientais promovidas pela ação antrópica não foi registrada ilhas de calor de fraca magnitude. Em relação ao conforto térmico humano registrado em Chapecó, notou-se que a ilha de calor é responsável pelo desconforto térmico verificado nos tipos de tempos associados a sistemas atmosféricos tropicais no verão e pelo conforto térmico nos episódios de tempo associados a sistemas polares no inverno, principalmente no seu horário de máxima intensidade e aquecimento (15 horas). Em relação a qualidade ambiental, verificou-se que as áreas de baixa qualidade corresponderam as áreas centrais da cidade onde foram identificados e mapeados atributos negativos que reduzem a qualidade do ambiente. As ilhas de calor de média, forte e muito forte magnitude se estabeleceram justamente nas áreas centrais da cidade onde a qualidade ambiental é baixa. Conclui-se que a cidade de Chapecó por seu porte médio e dinâmicas espaciais da sua urbe, tem a capacidade de gerar um clima local; e as alterações ambientais nela verificadas contribuem para reduzir a qualidade do ambiente favorecendo assim o surgimento das ilhas de calor e o desconforto térmico. (AU)

Processo FAPESP: 12/01631-1 - O campo térmico e a qualidade ambiental urbana em Chapecó/SC
Beneficiário:Eduino Rodrigues da Costa
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado