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Variabilidade no andar com ultrapassagem de obstáculo de idosos com doença de Parkinson

Texto completo
Autor(es):
Lucas Simieli
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Rio Claro. 2016-01-08.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Instituto de Biociências. Rio Claro
Data de defesa:
Orientador: Lilian Teresa Bucken Gobbi; Fabio Augusto Barbieri
Resumo

A morte dos neurônios dopaminérgicos da substância negra acarreta nos sinais e sintomas característicos da Doença de Parkinson (DP). Além disso, é comum alterações no andar dessa população, alterando também a variabilidade dos parâmetros espaciais e temporais da marcha. A variabilidade dos parâmetros espaciais e temporais tem sido utilizada como ferramenta importante para identificar idosos caidores e demência. Assim, o objetivo do estudo é analisar a variabilidade dos parâmetros espaciais e temporais do andar em idosos com DP em durante a ultrapassagem de obstáculo de diferentes alturas, e, após, identificar parâmetros preditores de quedas em idosos com DP e neurologicamente sadios. Participaram do estudo 78 idosos (39 idosos com DP e 39 idosos neurologicamente sadios). A fim de responder os questionamentos, três estudos foram propostos. Para os estudos 1 e 2, participaram 28 idosos (15 idosos com DP e 13 idosos neurologicamente sadios). A tarefa consistiu em percorrer andando em velocidade preferida uma passarela de 8 metros de comprimento. O obstáculo de espuma foi posicionado no centro da passarela nas condições do andar adaptativo. Para a fase de aproximação foram utilizados os quatro passos antes da ultrapassagem do obstáculo. Para a ultrapassagem, apenas o passo de ultrapassagem, tanto da perna de abordagem quanto da perna de suporte foram utilizados na análise. Ainda foram calculadas as distâncias horizontais e verticais em relação ao obstáculo. Os resultados revelaram maior variabilidade para os passos mais próximos ao obstáculo. Além disso, a altura do obstáculo é fator importante nessas fases. O obstáculo baixo revelou-se tão desafiador quanto o obstáculo alto, aumentando a variabilidade dos idosos de ambos os grupos. No estudo 3, os participantes foram distribuídos em 4 grupos (idosos com DP caidores e não caidores, idosos neurologicamente sadios caidores e não caidores). Os procedimentos, delineamento experimental e metodologia foram semelhantes ao estudo 1, porém a altura do obstáculo foi apenas uma (obstáculo baixo). Para aquisição dos parâmetros do andar nos três estudos foram utilizados um aparelho optoeletrônico de análise do movimento (Optotrack®) e um carpete com sensores de pressão (GAITrite®). Ainda, duas plataformas de força (AMTI®) estavam posicionadas na passarela para aquisição dos parâmetros cinéticos. A análise ROC foi empregada para determinação das variáveis preditoras de quedas nessa população. Os resultados indicaram parâmetros importantes para a predição de quedas, principalmente na fase de aproximação, onde os primeiros passos foram bons classificadores para determinar idosos caidores. Além disso, as distâncias horizontais entre o pé e o obstáculo também apresentaram bom desempenho para classificar os idosos como caidores. Considerar os idosos caidores como aqueles que caíram duas ou mais vezes no período é uma estratégia eficiente, pois auxilia na diferenciação entre os grupo, tornando a análise mais fidedigna. (AU)

Processo FAPESP: 13/21841-3 - Variabilidade no andar com ultrapassagem de obstáculo de idosos com Doença de Parkinson
Beneficiário:Lucas Simieli
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado