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Estudos da patogenicidade de estirpe variante brasileira (BR) do vírus da bronquite infecciosa das galinhas

Texto completo
Autor(es):
Leonardo Cardia Caserta
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Clarice Weis Arns; Marco Aurélio Ramirez Vinolo; Luciano Kleber de Souza Luna
Orientador: Helena Lage Ferreira; Clarice Weis Arns
Resumo

Estudos recentes identificaram variantes do vírus da bronquite infecciosa das galinhas (Infectious Bronchitis Virus - IBV) exclusivamente brasileiras (BR), cujo genótipo não está relacionado com o grupo Massachusetts. As únicas vacinas vivas permitidas no Brasil são deste sorotipo, o que sugere uma proteção ineficiente contra os variantes presentes no país. Devido à carência de estudos de patogenicidade da variante BR do IBV, se faz necessário o conhecimento de seus efeitos na população avícola, elucidando seus sinais clínicos, lesões macroscópicas e microscópicas, além da produção de anticorpos induzida pela mesma. O presente estudo visa analisar a patogenicidade e o tropismo da variante BR do IBV para frangos de corte, através de um experimento in vivo utilizando aves SPF de um dia. Previamente, foram desenvolvidas 12 passagens em ovos embrionados com o objetivo de se aumentar a carga viral e realizar a titulação das amostras 801 e 810, obtendo os efeitos esperados nos embriões, de nanismo enrolamento e hemorragia. Quanto ao título viral, obteve-se um título de aproximadamente 105 EID, que quando inoculado nas aves, gerou sinais clínicos respiratórios e lesões macroscópicas esperadas nos tratos respiratório e renal, principalmente. Ao teste da inibição da atividade ciliar, ou ciliostase, fragmentos de traqueia das aves foram coletados e observados em microscópio. Verificou-se maior inibição da atividade ciliar entre o 7º e 9º d.p.i. Os resultados obtidos com a técnica de qRT-PCR mostram os órgãos do trato respiratório como sítio de replicação primária, concordando com os sinais clínicos nos dias iniciais. Os níveis de RNA detectados nos órgãos do trato digestório foram os mais altos e apresentaram a maior persistência entre todos os órgãos coletados. Entretanto, o exame histopatológico confirmou o achado de outros estudos, nos quais apesar do alto nível de RNA detectado nos órgãos do trato digestório, houve poucas alterações microscópicas nestes órgãos. No trato respiratório, porém, as lesões microscópicas foram compatíveis com os sinais clínicos e a detecção de RNA. Ambos os grupos geraram uma baixa resposta de produção de anticorpos. Com este estudo, foi possível concluir que estas variantes brasileiras apresentam patogenicidade muito similar à de amostras pertencentes ao genótipo Massachusetts, no qual estão incluídas as vacinas mais utilizadas, com tropismo pelo trato respiratório e também sendo capaz de se replicar em grandes quantidades no trato digestório e urinário, porém com poucas ou nenhuma lesão (AU)

Processo FAPESP: 13/02058-6 - Estudos da patogenicidade de estirpe variante brasileira (BR) do vírus da bronquite infecciosa das galinhas
Beneficiário:Leonardo Cardia Caserta
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado