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Estudo do imunofenótipo dos adenomas de células basais (enfatizando sua relação com as lesões do ducto intercalado) e das células mioepiteliais influenciadas por fatores do microambiente tumoral

Texto completo
Autor(es):
Victor Angelo Martins Montalli
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Albina Messias de Almeida Milani Altemani; Ney Soares de Araujo; Suzana Cantanhede Orsini Machado de Sousa; Maria Letícia Cintra; Fernanda Viviane Mariano
Orientador: Albina Messias de Almeida Milani Altemani; Elizabeth Ferreira Martinez
Resumo

As lesões salivares tumorais compostas por dupla população celular (epitelial e mioepitelial) são consideradas originárias do ducto intercalado e estas lesões são subdivididas em diversas entidades que apresentam sobreposição morfológica, com delimitações entre elas nem sempre nítidas. Entre as neoplasias benignas estão o adenoma pleomórfico (AP) e o adenoma de células basais (ACB). Recentemente foi descrita uma nova entidade tumoral benigna, com composição epitelial e mioepitelial, denominada de lesão do ducto intercalado (LDI). Diante disso, o nosso primeiro objetivo foi analisar os perfis morfológicos e imuno-histoquímicos de LDIs e ACBs classificados em tubulares (ACB-T) e não tubulares (ACB-NT) para verificar se as LDIs e ACB-Ts representam entidades distintas. Ainda, dado o papel crítico da célula mioepitelial na morfogênese das lesões tumorais salivares histogeneticamente relacionadas ao ducto intercalado, nosso segundo objetivo foi avaliar in vitro a influência de fatores do microambiente tumoral (proteínas da matriz extracelular e fatores de crescimento) sobre a morfologia, viabilidade e proliferação de células mioepiteliais advindas de AP. Para a análise morfológica e imuno-histoquímica, foram estudados oito casos de LDIs, nove ACBs-T e 19 ACBs-NT. Todos os ACB-T continham áreas LDI-like, enquanto nos ACB-NT estas eram raras e escassas. As células luminais das LDIs e ACBs-T exibiram positividade para CK7, lisozima, S100 e DOG1. No grupo ACB-NT, poucas células luminais mostraram tal expressão, sendo principalmente positivas para CK14. As células mioepiteliais das LDIs, ACB-T e ACB-NT foram positivas para CK14, calponina, AML e p63, mas essas eram mais numerosas nos ACBs. No estudo in vitro, a morfologia e diferenciação das células mioepiteliais foram avaliadas qualitativamente por imunofluorescência indireta (expressão da vimentina e AML, respectivamente). As células mioepiteliais exibiram morfologia poliédrica em todas as matrizes, independentemente da suplementação do fator de crescimento. AML foi imunoexpressa de forma heterogênea nas células mioepiteliais, porém houve aumento da expressão desta proteína quando acrescentado o TGF- ?1, independentemente do tipo de matriz usada. TGF- ?1 também aumentou significantemente a viabilidade das células mioepiteliais cultivadas na matriz fibronectina. Conclusões: as LDI, ACB-T e ACB-NT formam um continuum de lesões onde as LDIs estão estreitamente relacionadas com o ACB-T, visto que em ambos o imunofenótipo das células luminais e mioepiteliais é semelhante àquele observado nos ductos intercalados. A principal diferença entre LDI e ACB-T é a quantidade de células mioepiteliais, que é maior no último. Além disso, nossos resultados indicam que pelo menos alguns ACBs podem surgir via LDI. Os estudos em cultura de células sugerem que as diferentes matrizes celulares não influenciam a morfologia e diferenciação da célula mioepitelial. Dentre os fatores de crescimento estudados apenas TGF- ?1 associou-se com aumento da expressão de AML (diferenciação celular) e aumentou significantemente a viabilidade celular associado à matriz fibronectina (AU)

Processo FAPESP: 11/10366-7 - Estudo do imunofenótipo dos adenomas de células basais (enfatizando sua relação com as lesões do ducto intercalado) e das células mioepiteliais (influenciadas por fatores do microambiente tumoral)
Beneficiário:Victor Angelo Martins Montalli
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado