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Metabolismo de lipoproteinas plasmaticas em tabagistas: proteinas reguladoras e modificações quimicas das lipoproteinas de baixa densidade

Texto completo
Autor(es):
Agueda Cleofe Marques Zaratin
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Eliana Cotta de Faria; Sérgio Luis Felisbino; Valéria Helena Alves Cagnon
Orientador: Eliana Cotta de Faria
Resumo

A aterosclerose é uma doença imuno-inflamatória e de caráter multifatorial. O tabagismo é um de seus principais fatores de risco, existindo grande controvérsia na literatura quanto aos mecanismos fisiopatológicos de sua aterogenicidade. Avaliamos os efeitos metabólicos e oxidantes do fumo em urna população sadia adulta, composta de fumantes crônicos moderados. Não fumantes, de ambos os sexos também foram estudados. Para a avaliação dos efeitos metabólicos do tabagismo determinamos a composição química de sub-frações da lipoproteína de alta densidade, as atividades da lipoproteína lipase (LPL), da lipase hepática (LH), da lecitina:colesterol acil transferase (LCAT), da proteína de transferência de colesteril-éster (CETP), da proteína inibidora da transferência de lípides (L TIP) e da proteína de transferência de fosfolípides (pL TP). A massa de CETP também foi determinada. Observamos aumento de fosfolípides da sub-fração de lipoproteínas de alta densidade, HDL3-PL, e redução da atividade de diversas proteínas envolvidas no transporte reverso do colesterol: LH, PLTP e CETP (corrigi da por triglicérides). Não observamos modificações em LCAT, LPL e LTIP. Sugerimos que a menor atividade destas proteínas reduz o transporte de colesterol para o figado, assim corno a geração de lipoproteínas imaturas aceptoras do colesterollivre proveniente dos tecidos periféricos. Para a avaliação dos efeitos oxidantes do tabagismo, a susceptibilidade da lipoproteína de baixa densidade (LDL) à oxidação e a medida de auto-anticorpos contra LDL-oxidada foram determinados. A oxidabilidade não se mostrou diferente entre os grupos, porém os níveis de anti LDL-oxidada foram significativamente menores nos fumantes, diferença explicada pelas mulheres fumantes. Estes resultados sugerem um aumento nos níveis de LDL oxidada e formação de imunocoplexos. À parte destes achados, o tabagismo provocou mudanças na pressão arterial e aumento nos níveis de fibrinogênio plasmático. Com base nestes resultados, sugerimos que a aterogenicidade do fumo se deva, em parte, à maior oxidação das lipoproteínas plasmáticas, à redução no transporte do colesterollivre dos tecidos periféricos para o fígado, a variações da pressão arterial e à tendência a um estado de pró-coagulabilidade (AU)

Processo FAPESP: 97/00349-9 - Oxidação, esterificação, transferência e lipólise de componentes das lipoproteínas plasmáticas em fumantes crônicos
Beneficiário:Agueda Cleofe Marques Zaratin
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado