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Detecção sorológica, molecular e caracterização dos Paramixovírus aviários do tipo 1 (classe I e classe II) em aves silvestres e sinantrópicas

Texto completo
Autor(es):
Guilherme Pereira Scagion
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Clarice Weis Arns; Rodolfo Thomé; Lara Borges Keid
Orientador: Clarice Weis Arns; Helena Lage Ferreira
Resumo

Os paramixovírus aviários do tipo 1 (APMV-1) pertencem à família Paramyxoviridae, subfamília Paramyxovirinae, gênero Avulavirus. O APMV-1 causador da doença de Newcastle (DN) é considerada uma das maiores causas de perdas econômicas para a avicultura mundial, devido a alta mortalidade e os embargos econômicos envolvidos. A compreensão da epidemiologia de infecções causadas por APMV-1 é dificultada pelo fato de que estes vírus não produzem sinais clínicos e frequentemente não são detectados por métodos de diagnóstico rápidos. As aves silvestres parecem ser um importante reservatório desses vírus. Recentemente, a análise dos tamanhos de genoma e sequências de genes revelou dois clados distintos dentro APMV-1: classe I e II. O presente estudo teve como objetivo investigar a presença de APMV-1 em aves selvagens e sinantrópicas através de testes moleculares e sorológicos. Para este fim, 387 amostras de aves (194 amostras de orofaringe e 193 esfregaços de cloaca) pertencentes a 37 espécies de 12 ordens foram testados. Um ensaio em tempo real de RT-PCR (RRT-PCR), para a detecção simultânea de vírus de classe I e classe II foi utilizado para a detecção molecular de genes L e M, respectivamente. Outros sete testes RT-PCR convencional direcionados ao gene de fusão (F) e ao gene de hemaglutinina-neuraminidase (HN) foram testados em comparação com a sensibilidade analítica do ensaio de RRT-PCR. Estes RT-PCR foram também utilizados para sequenciamentos das amostras positivas. Assim, das 387 amostras testadas 10 foram detectadas como positivas pelos RRT-PCR. Entre as amostras positivas, encontra-se, uma proveniente de Sporophila frontalis ave ameaçada de extinção, na qual ainda não se sabe totalmente o efeito do AMPV-1. Foi possível sequenciar três amostras com o gene HN e onze com gene F, estas sequências foram agrupadas dentro do genótipo II, classe II de APMV-1. No entanto, este grupo de amostras brasileiras parece representar um novo cluster dentro deste genótipo. Além disso, em um ELISA competitivo testado, obteve-se uma sensibilidade analítica e especificidade perto de 100% e 10% reprodutibilidade. No total, 123 soros foram testados por ELISA e pelo teste de Inibição da hemaglutinação (HI). A frequência de ocorrência, utilizando HI foi de 22,73% e 19,51% no ELISA competitivo. Essas duas técnicas tiveram uma correlação de 0,62. Portanto, nosso estudo reitera a importância de continuar a vigilância em aves selvagens para aumentar o conhecimento sobre a epidemiologia da AMPV -1 no Brasil (AU)

Processo FAPESP: 13/02059-2 - Detecção sorológica, molecular e caracterização dos Paramyxovirus aviários do tipo 1 (classe I e classe II) em aves silvestres
Beneficiário:Guilherme Pereira Scagion
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado