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Estudo do alcaloide índigo na terapêutica da dor e inflamação

Texto completo
Autor(es):
Ricardo Jose Dunder
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Alba Regina Monteiro Souza Brito; Sisi Marcondes; Edson Rosa Pimentel; Adair Roberto Soares dos Santos; Stella Regina Zamuner
Orientador: Alba Regina Monteiro Souza Brito
Resumo

A inflamação é uma resposta do sistema imune a patógenos ou a traumas físicos e químicos; sua evolução pode resultar em resolução dos danos ou tornar-se crônica. Como tal, trata-se de um fenômeno complexo envolvendo inúmeros mediadores como o NF-?B, que promove a liberação de citocinas e enzimas pró-inflamatórias seguidas por uma infiltração de leucócitos, resultando nos cinco sinais cardinais: calor, rubor, tumor (edema), dor e perda de função. A aplicação de metabólitos secundários de plantas é uma alternativa para o tratamento da dor e inflamação. Dentre estes metabólitos, os alcaloides recebem especial atenção já que a morfina é o mais potente analgésico conhecido. Neste trabalho o potencial anti-inflamatório e analgésico de outro alcaloide, o índigo (1.5, 3.0 e 6.0 mg/kg), obtido a partir de Indigofera truxillensis (Leguminosae), foi analisado em modelos de edema (de orelha induzido por xilol e ácido araquidônico, e de pata induzido por carragenina) e de migração celular (granuloma cotton pellet e pleurisia). Nesses modelos, o índigo apresentou redução significativa do edema e do infiltrado celular, principalmente de polimorfonucleares. Análises por ELISA (em lavado pleural) revelaram que o alcaloide diminuiu os níveis de MPO, nitrito e nitrato, PGE2 e TNF-?, além de apresentar redução significativa na expressão da COX-2 avaliadas por western blot e imuno-histoquímica. A redução dos mediadores sugere que o índigo possa ter ação anti-inflamatória envolvendo NF-?B, já que tal atividade foi confirmada por western blot. Nos modelos de dor inflamatória (teste de Randall & Selitto, contorções abdominais e formalina) o alcaloide novamente demonstrou resposta significativa, muito provavelmente por reduzir os mediadores inflamatórios envolvidos. O índigo aumentou a latência em modelos de dor induzido por estímulo térmico (tail flick e placa quente) e capsaicina, ambos envolvidos com atividade do TRPV1, mas não demonstrou interação alguma com receptores opioides no modelo de formalina com reversão por naloxona. Os resultados sugerem que o índigo possui ação anti-inflamatória devido um possível mecanismo de ação COX-2 e NF-?B. É provável que a redução desses mediadores contribua para ação analgésica na dor inflamatória e também para redução da dor periférica (AU)

Processo FAPESP: 09/51963-8 - Estudo do alcaloide indigo na terapeutica da dor e da inflamacao
Beneficiário:Ricardo Jose Dunder
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado