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Avaliação de alguns aspectos da resposta imune tipo celular em animais portadores do tumor ascitico de Ehrlich e tratados com titanocenos

Texto completo
Autor(es):
Marize Campos Valadares
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Mary Luci de Souza Queiroz; Szulim Ber Zyngier; Ramon Kaneno; Sara Teresinha Olalla Saad; Gilberto de Assunção Fernandes
Orientador: Mary Luci de Souza Queiroz
Resumo

Neste trabalho, dando prosseguimento a estudos prévios realizados em nosso laboratório investigamos os efeitos do composto diciclopentadienildiclorotitânio IV, DDCT, (15 mg/kg/dia/ dois dias) sobre a capacidade funcional das células ¿natural killer¿ (NK) e a produção das citocinas do perfil Th1 [interleucina (IL)-2 e interferon-g (IFN-g)] e do perfil Th2 (IL-4 e IL-10) de animais normais e portadores do tumor ascítico de Ehrlich (TAE). Além disso, para efeito comparativo, acrescentamos ao nosso estudo o diciclopentadienilditiocianatotitânio IV, BCDT, o qual é um derivado do DDCT com substituições dos radicais halogênios do DDCT por pseudo-halogênios. Com o composto BCDT, além dos parâmetros imunológicos acima mencionados, avaliamos, os efeitos do tratamento com uma, duas e três doses de BCDT (10, 15 ou 30 mg/kg/dia) sobre o crescimento e diferenciação de precursores hematopoiéticos [Células formadoras de colônias de granulócitos/macrófagos (CFU-GM)], de animais normais e portadores do TAE, os quais foram previamente realizados com o DDCT. Nestes animais, avaliamos ainda a celularidade da medula óssea, a presença de fatores estimuladores de colônias hematopoéticas (CSFs ) e a sobrevida. Nossos resultados demonstraram uma maior eficácia do composto DDCT em relação ao BCDT. No entanto, apesar das diferenças encontradas, verificamos que estes titanocenos compartilham a habilidade de regular positivamente os desequilíbrios hematopoiéticos e imunológicos envolvidos na evolução temporal do TAE. Como já esperado, o TAE produziu, concomitante à mielossupressão, um aumento no número de CFU-GM esplênico e uma diminuição da celularidade da medula óssea. O tratamento dos animais portadores do TAE com o BCDT produziu, de forma dose-dependente, paralelamente a um aumento na sobrevida, um aumento da mielopoiese, uma redução no número de colônias esplênicas e uma restauração no número total e diferencial da medula óssea. A maior eficácia foi encontrada com a dose de 10 mg/kg/dia/ três dias, a qual, em animais normais, produziu melhor recuperação no número de CFU-GM na medula óssea e estimulou a produção de CSFs. Efeitos tóxicos foram observados nas maiores doses do composto associado à presença de hematopoiese esplênica e uma menor sobrevida dos animais. Quanto à produção das citocinas, o tratamento com os compostos impediu a polarização Th1-Th2 encontrada nos animais portadores do TAE. Neste sentido, o tratamento destes animais com o DDCT (15 mg/kg/dia/por dois dias) ou com o BCDT (10 mg/kg/dia/por 3dias), aumentou os níveis de secreção de IL-2, regulou positivamente a secreção atípica de IFN-g e reduziu os níveis de IL-10 aumentados durante a evolução temporal do TAE. O estudo da atividade funcional das células NK em animais portadores do TAE e tratados com os titanocenos demonstrou, especialmente com o DDCT, um aumento na capacidade citotóxica das células NK, a qual se encontrava reduzida. Estes resultados são encorajadores, uma vez que favorecem a utilização dos titanocenos em combinações terapêuticas com outros quimioterápicos visando reduzir a mielotoxicidade e suplementar a eficácia tumoricida destes agentes (AU)

Processo FAPESP: 97/11455-4 - Resposta imunológica tipo celular em animais portadores de Tumor Ascítico de Ehrlich e tratados com titanocenos
Beneficiário:Marize Campos Valadares
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado