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Uso de leitos cultivados no tratamento de efluente de tanque septico modificado

Texto completo
Autor(es):
Marcelus Alexander Acorinte Valentim
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Engenharia Agricola
Data de defesa:
Membros da banca:
Denis Miguel Roston
Orientador: Denis Miguel Roston
Resumo

O presente trabalho visou projetar, construir e avaliar por um período de 4,5 meses (set/98 a jan/99) o desempenho de um tanque séptico de três compartimentos em série modificado (conceito dos reatores anaeróbios compartimentados) e de leitos cultivados com macrófitas (sistema aquático natural) no tratamento de águas residuárias brutas da Faculdade de Engenharia Agrícola (FEAGRI) da Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP, localizada em Campinas (SP). O resíduo líquido desta Faculdade é composto de uma mistura de dejetos domésticos e sanitários com águas residuárias de lavagem de vidrarias dos laboratórios e de equipamentos da oficina mecânica, com sua vazão acompanhando o ritmo do expediente, iniciando por volta das 7:30h, crescendo continuamente até atingir seu máximo entre 15:30h e 16:30h e decrescendo a partir deste ponto até às 21:00h, e sendo praticamente inexistente nos finais de semana e feriados. O experimento foi composto de um tratamento primário, tanque séptico modificado de três compartimentos em série, tendo como característica a entrada do efluente junto ao fundo dos compartimentos, volume total de 2000L e vazão diária média de 1330 L (9 PE), obtendo redução de DQO entre 17 e 69%, sólidos sedimentáveis de 100%, sólidos suspensos entre 58 e 92%, turbidez entre 67 e 92% e E. coli de 0 a 75%. Como tratamento secundário foram construídos, em blocos de concreto e acima do solo, seis leitos cultivados com macrófitas, três de forma retangular e três quadrada, dispostos em paralelo, com o mesmo tipo de brita (no 2 ¿ 55 a 90mm) utilizada como meio suporte e cultivados com duas espécies de macrófitas emergentes (Typha sp. ou Eleocharis sp.) e de fluxo subsuperficial. A área de cada leito é de 4,0 m2 e altura de 0,70m. Um leito quadrado e outro retangular permanecerão sem cultivo para controle. Os leitos com os maiores valores de remoção foram o quadrado plantado com Eleocharis sp., com redução de sólidos suspensos entre 91 e 97%, coliformes totais de 59 a 96%, nitrogênio total Kjeldahl de 35 a 90% e fósforo total de 41 a 65%, o controle retangular, com redução de turbidez de 87 a 98% e nitrogênio amoniacal de 35 a 87%, o retangular plantado com Eleocharis sp., com redução de DQO entre 70 e 97% e E. coli entre 94 e 97%, e o quadrado plantado com Typha sp., com redução de nitrato de 71 a 83%. Quanto à adaptação das macrófitas cultivadas nos leitos, a Eleocharis sp. mostrou-se mais vigorosa que a Typha sp. com lançamento de brotos, crescimento e espalhamento nos leitos mais intenso em condições adversas, devido às características peculiares da espécie (AU)

Processo FAPESP: 97/12964-0 - Uso de leitos de macrófitas no tratamento de efluentes de um tanque séptico modificado
Beneficiário:Marcelus Alexander Acorinte Valentim
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado