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O efeito de partículas de titânio na osseointegração

Texto completo
Autor(es):
Cindy Goes Dodo
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Data de defesa:
Membros da banca:
Altair Antoninha Del Bel Cury; Karina Gonzales Silverio; Plinio Mendes Senna; Luiz Augusto Duarte Meirelles; Germana De Villa Camargos
Orientador: Altair Antoninha Del Bel Cury
Resumo

Tratamentos de superfície em implantes dentais de titânio têm sido desenvolvidos para aumentar a rugosidade de superfície e consequentemente melhorar a osseointegração. Apesar do sucesso clínico dos implantes dentais, em muitos casos pode ocorrer perda óssea marginal e o mecanismo relacionado a este processo não está claro na literatura. Alguns estudos descrevem que, durante a inserção do implante no osso, os picos criados para produzir superfícies rugosas, podem se quebrar em micro e/ou nanopartículas de titânio, que são liberadas no tecido peri-implantar e podem levar a perda óssea. O sistema imune reage na presença dessas partículas, sendo os macrófagos a primeira linhagem celular a entrar em contato com essas partículas. Um processo inflamatório exacerbado pode ser gerado, levando a produção de citocinas pro-inflamatórias ligadas ao processo osteolítico. Portanto, para avaliar a resposta inflamatória de macrófagos, um estudo in vitro (Estudo 1) foi desenvolvido cultivando células THP-1 na presença de micro e nanopartículas de titânio em associação com Lipopolissacárido de Porphyromonas gingivalis (LPS PG), patógeno comum da microbiota oral, durante 12 h, 24, 48h. Foram avaliadas as citocinas pró-inflamatórias TNF-?, IL1-?, IL-6 que estão relacionadas com o processo osteolítico, quanto a expressão gênica pelo método ??Cq e Elisa. Os dados foram analisados usando análise de variância com dois fatores e teste de Tukey (p <0,05). De acordo com os resultados a presença de micro e nanopartículas titânio a expressão gênica e a produção de citocinas pró-inflamatórias aumentou em comparação ao controle, e a associação de partículas de titânio e LPS PG não aumentou a expressão gênica e a produção de citocinas comparado com os grupos tratados somente com partículas de titânio. Também para avaliar a reação óssea na presença de partículas de titânio um estudo in vivo (estudo 2) foi realizado com 14 coelhos New Zealand. Implantes com superfície lisa foram inseridos na tíbia com 3 mg de micropartículas de titânio e no fêmur com 1 mg de micropartículas dos animais, em ambas as pernas. Os dados foram analisados ??por regressão de modelo misto (p <0,05). Após 7 e 28 dias uma diminuição no contato osso/implante no grupo com partículas em relação ao controle foi observado pelas análises histológica e histomorfométrica. Além disso, 6 animais receberam 12 implantes na tíbia para avaliar a expressão gênica de fatores pró-osteogênicos e foi observado que após 7 dias houve diminuição desses fatores para os grupos com partículas comparado ao controle. Pode-se concluir que partículas de titânio afetam os estágios iniciais da osseointegração (AU)

Processo FAPESP: 13/19791-8 - Análise proteômica da membrana celular de fibroblastos gengivais humanos cultivados sobre diferentes superfícies de titânio e avaliação do uso de antioxidante exógeno para controle do estresse oxidativo celular
Beneficiário:Cindy Goes Dodo
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado Direto