Busca avançada
Ano de início
Entree


Influência de muros vivos sobre o desempenho térmico de edifícios

Texto completo
Autor(es):
Fernando Durso Neves Caetano
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo
Data de defesa:
Membros da banca:
Lucila Chebel Labaki; Denise Helena Silva Duarte; Pedro Roberto Furlani
Orientador: Lucila Chebel Labaki
Resumo

Nas cidades, os materiais utilizados para o revestimento do solo possuem propriedades que alteram o balanço dos ciclos naturais, induzindo a formação de fenômenos danosos como as ilhas de calor e as inundações urbanas. A partir desta constatação, atualmente muitas cidade vêm buscando uma recuperação da vegetação enquanto alternativa tecnologia que proporcione conforto ambiental sem prejudicar o desenvolvimento sustentável. Mas apesar de seu potencial para a amenização ambiental passiva, nem sempre é possível uma inserção considerável de áreas verdes nas cidades, tendo em vista que a valorização e demanda pelo uso do solo relegam-na a um segundo plano. Neste sentido, os revestimentos vegetais oferecem uma alternativa ao utilizarem a envoltória dos edifícios para introduzir a vegetação nas cidades; normalmente as coberturas e paredes dos edifícios configuram espaços subutilizados, mas com uma influência direta sobre o ambiente interno. Por causa disto, a tecnologia dos revestimentos vegetais tem atraído a atenção de muitos pesquisadores da área de clima urbano e conforto ambiental. Dentro deste contexto o trabalho aborda uma variação da tecnologia conhecida como muros vivos, que propõe a criação de uma pele vegetal sobre a alvenaria dos edifícios. A pesquisa teve como enfoque a análise térmica, utilizando para isto um delineamento experimental com medições comparativas. O objetivo principal consistiu em verificar a extensão em que o uso de um muro vivo externo influencia o comportamento térmico da envoltória e do interior de um edifício. O experimento ocorreu no campus da Universidade Estadual de Campinas, dentro da realidade construtiva e climática da região sudeste do Brasil. Durante a sua realização foram medidos parâmetros ambientais (temperaturas superficiais, do ar, e de globo negro; umidade relativa) em dois edifícios similares (um exposto e outro protegido com a pele verde) durante meses de verão (outubro de 2013 a janeiro de 2014). Além da influência sobre o comportamento térmico do edifício, a pesquisa também avaliou a viabilidade de uso de diferentes espécies vegetais em sistemas de muro vivo, assim como parâmetros técnicos referentes à irrigação, nutrição e fixação das plantas. Os principais resultados obtidos demonstraram que o sistema proporcionou um amortecimento térmico médio de até 19 °C na temperatura superficial externa da envoltória, e um atraso térmico médio de até 4 horas; no interior, a presença da pele verde proporcionou uma amenização média de até 2,73 °C na temperatura operativa no horário mais quente do dia típico (AU)

Processo FAPESP: 12/18717-6 - Influência de muros vivos sobre o desempenho térmico de edifícios.
Beneficiário:Fernando Durso Neves Caetano
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado