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Avaliação do transporte de oxigenio e da concentração do 2,3-DPG em pacientes com traumatismo craniencefalico grave submetidos ao controle da hipertensão intracraniana por um protocolo de ventilização otimizada

Texto completo
Autor(es):
Rayne Borges Torres
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Renato Giuseppe Giovanni Terzi
Orientador: Renato Giuseppe Giovanni Terzi
Resumo

A ventilação otimizada é um recurso utilizado no tratamento dos pacientes com traumatismo craniencefálico grave. Essencialmente, a ventilação alveolar é ajustada para manter a pressão intracraniana abaixo de 20mmHg e a extração cerebral de oxigênio (ECO2) dentro de limites recomendados (24 e 42%). A determinação da ECO2 depende da saturação da hemoglobina. A saturação da hemoglobina, por sua vez, pode ser medida por hemo-oximetria ou calculada a partir da pressão parcial de oxigênio do sangue arterial. A saturação calculada não leva em consideração alterações da concentração do 2,3-difosfoglicerato nos eritrócitos (2,3-DPG/Hct). Em pacientes críticos, diversas causas podem estar alterando a concentração do 2,3-DPG/Hct. Tem sido descrito que a alcalose respiratória associada à hiperventilação pode induzir um aumento da concentração do 2,3-DPG/Hct. Baseado nessa resposta fisiológica, o objetivo deste estudo é identificar se há aumento da concentração do 2,3-DPG nos eritrócitos associado à hiperventilação e avaliar as suas repercussões na saturação da hemoglobina e no cálculo da extração cerebral de oxigênio. Entretanto, não ocorreu aumento sistemático do 2,3-DPG, associado ao tempo de hiperventilação. Esse fato foi atribuído a vários fatores, entre os quais a hiperventilação não sustentada, a transfusão de sangue e a hipofosfatemia. Contudo, houve alterações individuais aleatórias da concentração do 2,3-DPG/Hct, cujos valores se correlacionaram tanto com o pH como com a PCO2 do sangue arterial. Também ficou demonstrada uma diferença significativa entre a ECO2 obtida pela saturação da hemoglobina medida e a obtida a partir da saturação da hemoglobina calculada (?ECO2). Finalmente, observou-se correlação estatística entre a concentração do 2,3-DPG/Hct e o ?ECO2. A concentração do 2,3-DPG/Hct é um fator que interfere na acurácia do cálculo da saturação da hemoglobina e da ECO2. Conclui-se, portanto, que para o cálculo da ECO2 deva sempre ser empregada a saturação da hemoglobina medida por hemo-oximetria (AU)

Processo FAPESP: 00/02498-6 - Avaliação do transporte de oxigênio e do metabolismo do 2,3 - DPG em pacientes com traumatismo cranioencefálico grave submetidos ao controle de ventilação otimizada
Beneficiário:Rayne Borges Torres
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado