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Carcere publico: processos de exotização entre imigrantes brasileiros no Porto, Portugal

Texto completo
Autor(es):
Igor Jose de Reno Machado
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Data de defesa:
Membros da banca:
Bela Feldman; Jeffrey Lesser; Gustavo Lins Ribeiro; Antonio Augusto Arantes Neto; Omar Ribeiro Thomaz
Orientador: Bela Feldman
Resumo

O trabalho tem como objetivo entender o cotidiano de imigrantes brasileiros de classe baixa na cidade do Porto, Portugal, marcado por processos de exotização da identidade brasileira. A exotização é vista na forma como os brasileiros assumem as representações que fazem deles personagens alegres, simpáticas, sensuais e malandras. A análise tentou compreender a organização dos circuitos de troca e solidariedade da "comunidade brasileira" no Porto e de como tais processos de exotização são constitutivos das identidades dos imigrantes, invariavelmente marcadas pela exacerbação dos estereótipos. A exotização é induzida, mas também é produzida ativamente pelos brasileiros. Uma das conseqüências dessa ação é a inversão de ordens raciais entre os imigrantes no Porto. Os principais líderes nas disputas de poder entre os brasileiros são aqueles que mais se encaixam nas imagens estereotipadas presentes em Portugal sobre o brasileiro. Dessa forma, tomam-se mais influentes politicamente, pois vivem conforme as determinações dos estereótipos correntes. A busca de centralidade é o que conforma as redes de sociabilidade e as disputas de poder entre os brasileiros. Para explicar essas dinâmicas de exotização e centralidade, procurei articular uma outra noção de identidade, para assim indicar minha preocupação com o valor da diferença na fase atual do capitalismo, ao invés da construção da diferença per se. Através desse estudo de caso sobre a experiência dos brasileiros no Porto, defendo a idéia de que a identidade-para-o-mercado, ou seja, a mercantilização das identidades, é uma forma de produção de subjetividades possível apenas sob o regime atual de acumulação do capital (AU)

Processo FAPESP: 98/15031-7 - Terra quase estrangeira: invenções do Brasil exótico no Porto, Portugal
Beneficiário:Igor José de Renó Machado
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado